O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) atualizou nesta terça-feira, 9, os dados sobre o avanço do novo coronavírus no país. De acordo com as secretarias de Saúde regionais, 1.272 novas mortes e 32.091 casos foram registrados nas últimas 24 horas. Trata-se do segundo maior registro de diagnósticos na série histórica e o terceiro maior número de mortes.
Em números totais, o Brasil registra 739.503 diagnósticos positivos da doença e 38.406 mortes. A taxa de incidência da doença é de quase 352 pessoas por 100.000 habitantes.
Há ainda 311.064 pessoas recuperadas e mais 390.033 em acompanhamento.
Os dados foram divulgados pelo Conass às 18h; Cerca de 1 hora depois, o Ministério da Saúde publicou as mesmas informações em seu portal oficial.
A pasta divulgou dados acerca do impacto do vírus nas aldeias brasileiras. Cerca de 500, (8,5%) do total registraram casos do vírus. Desde o começo da pandemia, foram 2.085 indígenas infectados pela doença, com 82 mortes e 816 curas clínicas. O grupo mais afetado é o de pessoas na faixa etária entre 60 a 79 anos, que foram contaminadas por parentes e vizinhos que moravam na mesma aldeia ou na mesma casa e não respeitaram o isolamento social, afirmaram técnicos da Secretaria da Saúde.
Painel de casos
Depois de quatro dias sem informações importantes como a curva de aumento da doença, números totais de casos e mortes, dados acumulados por semana epidemiológica, entre outros, o Ministério da Saúde reativou nesta terça-feira o painel de monitoramento diário da Covid-19. O “apagão de dados” como foi chamado o episódio, incluiu atrasos sucessivos, oferecimento de números errados e, por fim, a derrubada, seguido da descaracterização da plataforma online covid.saude.gov.br.
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A postura do governo federal rendeu críticas de sociedades médicas, repercussão internacional negativa e, por fim, uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de que a pasta da Saúde retomasse a divulgação dos dados acumulados sobre o coronavírus. Ele exigiu, na noite da última segunda-feira, 8, que a Advocacia Geral da União (AGU) preste as informações “que entender necessárias” no prazo de 48 horas.