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Coronavírus: SP bate recorde com 434 mortes em 24 horas

De acordo com o governo, o número de óbitos está dentro do previsto e o aumento ocorreu em decorrência da evolução da epidemia no interior do estado

Por Da redação
Atualizado em 23 jun 2020, 14h30 - Publicado em 23 jun 2020, 13h51
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  • Nesta terça-feira, 23, o governo do estado de São Paulo confirmou 434 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. É o número mais alto desde o início da pandemia. O recorde anterior era de 389 vítimas do novo coronavírus, registrado na última quarta-feira, 17 de junho. Com o aumento, o total de óbitos no estado chegou a 13.068.

    No mesmo período, foram confirmados 7.502 novos infectados, totalizando 229.475 casos no estado. De acordo com João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência, o aumento de mortes está dentro do previsto e foi puxado pela evolução da epidemia no interior de São Paulo. “Esse número ocorre basicamente porque o interior do estado, em sua grande maioria das regiões, está em uma curva ascendente, uma curva de crescimento de casos, isso faz com que mesmo com uma redução que a gente tenha na capital e na região metropolitana o geral continua sendo negativo pelo o que nós esperamos e desejamos que é a redução do número de óbitos no número estadual”, disse Gabbardo.

    O recorde no número de óbitos acontece após uma redução de 39% no número de óbitos diários registrados na segunda-feira, 22, em comparação ao divulgado na semana anterior, no dia 15. Vale ressaltar que os números costumam ser menores no final de semana e às segundas-feiras devido ao atraso nas notificações.

    LEIA TAMBÉM: Faz sentido pensar em um passaporte de imunidade para Covid-19?

    Segundo Paulo Menezes, coordenador do controle de doenças da secretária de estado da Saúde, as mortes registradas atualmente refletem infecções contraídas há cerca de um mês. Quando a gente vê o número de óbitos hoje, nós estamos vendo as consequências do contato social e da transmissão de cerca de um mês atras e por isso que nos indicadores do Plano São Paulo, óbitos têm um peso menor do que as internações de casos novos para avaliar a evolução da epidemia.

    Atualmente, a ocupação dos leitos de UTI é de 65,7% no estado e 68% na Grande São Paulo. São 5.659 pacientes internados em UTI em todo o estado com diagnóstico confirmado ou suspeito de infecção por coronavírus e 8.295 em enfermarias.

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    O isolamento social no domingo, 21, foi de 53% na capital e 52% no interior. Já na segunda-feira, 22, houve queda nesse índice. Foram 47% na capital e 46% no estado. Em relação a  um possível erro ao decidir flexibilizar a quarentena na capital paulista, Gabbardo afirmou que o Plano São Paulo não é um plano de flexibilização. “Nós reiteramos várias vezes que o plano prevê um avaliação do cenário epidemiológico e se busca dar orientações, medidas que devem ser implementadas, de acordo com a situação epidemiológica. O que os dados apontam mais recentemente na capital é que está reduzindo a velocidade de transmissão da doença, está reduzindo o número de internações e diminuindo a utilização de leitos de tratamento intensivo. Essas medidas apontam para uma possibilidade que será implementada se esses cenários se confirmarem”, afirmou Gabbardo.

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