A variante Delta do novo coronavírus, identificada pela primeira vez na Índia, está se espalhando pelo Brasil. De acordo com um novo relatório do Instituto Adolfo Lutz, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 23,53% das amostras sequenciadas na grande São Paulo, 23,53% foram causadas pela nova cepa. Apenas na cidade de São Paulo, foram confirmados 23 casos de Covid-19 causados pela Delta, entre 5 e 27 de julho, segundo monitoramento da prefeitura, feito em parceria com o Butantan.
Na Baixada Santista, ela correspondeu a 21,74% das amostras e em Taubaté, 9,49%. Nas demais regiões, Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Sorocaba, não há registros da Delta, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
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No estado como um todo, a presença da Delta foi encontrada em apenas 4% do total de amostras analisadas. A variante Gama, identificada pela primeira vez em Manaus, continua a mais prevalente, correspondendo a 80% dos casos em São Paulo.
A variante também está se espalhando pela cidade do Rio de Janeiro. Dados divulgados na quarta-feira, 4, pela Secretaria de Estado de Saúde, 45% das amostras analisadas obtiveram confirmação para a nova cepa na capital fluminense. No estado, a variante representa 26,09% do total. De acordo com o Ministério da Saúde, até 24 de julho foram identificados 247 casos da variante Delta, em 11 estados.
A Delta gera preocupação devido a sua alta capacidade de transmissão. Em países com taxas de vacinação superiores à do Brasil, houve um aumento de casos de Covid-19 associados à variantes. As medidas para combatê-la, além da vacinação completa são: uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social.