Quase sete meses após a chegada do novo coronavírus no Brasil e com médias móveis diárias na casa dos 31.599,1 casos e 795,3 mortes (veja o gráfico abaixo), já há informações suficientes para entender o comportamento da Covid-19 no país. Cálculos realizados com dados semanais publicados pelo Ministério da Saúde apontam que o risco de uma pessoa de 80 anos vir a óbito após um desenvolvimento grave da doença é quase seis vezes maior do que uma pessoa de 20 anos que também passou por hospitalização. Entenda-se por quadro grave os pacientes na fase mais avançada da infecção, que dependiam já de aparelhos para respirar, internados na UTI.
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Clique e AssineAs informações refletem dados do início da pandemia até setembro. O cálculo de letalidade aponta que a faixa etária com maior risco de morte ao ser internado com Covid-19 é de 90 anos ou mais, com risco de 69,4%, em segundo lugar está a faixa de 80 a 89 anos, com letalidade estimada em 60,7%.
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Com idades antes 70 a 79 anos, a letalidade é de 51%, Entre 60 e 69 anos de 39,9%, 50 a 59 anos, de 26,8%, 40 a 49 anos, 18,3%, 30 a 39 anos, chega a 12,7% de 20 a 29 anos é de 10,5%, aos 6 a 19 anos, 10,3%, de 1 a 5 anos 6,3% e menores de um ano, 12,4%.
A explicação para o aumento da letalidade conforme o avanço da faixa etária está na imunodepressão natural ao envelhecimento humano. “Com a idade, o organismo tem menos defesas para reagir a infecções. Além disso, o envelhecimento também está ligado ao aparecimento de doenças crônicas, como as cardiopatias, grandes complicadoras no caso da Covid-19”, diz o médico infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Leonardo Weissmann.