Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Covid-19: Rússia anuncia que começou produção de vacina

País aprovou imunizante antes do início da fase 3 de testes em humanos e não divulgou estudos sobre ele, o que gerou desconfiança da comunidade científica

Por Redação
15 ago 2020, 11h26
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Ministério da Saúde da Rússia anunciou neste sábado que a vacina Sputnik V, contra o novo coronavírus, começou a ser produzida, segundo a agência de notícias estatal russa Tass. O país se tornou o primeiro a registrar um imunizante contra a Covid-19 e causou preocupação da comunidade científica internacional por ter aprovado a vacina menos de dois meses depois do início dos testes em humanos.

    De acordo com Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano da Rússia, o imunizante entrou na fase 3 dos testes na última quarta-feira, um dia depois de o país ter anunciado a aprovação da vacina. É justamente essa etapa que comprova a eficácia na prevenção da doença e segurança de aplicação. Nessa fase, dezenas de milhares de pessoas recebem a substância ou um placebo e depois espera-se até que esses cidadãos tenham contato com o vírus, no cotidiano. O antiviral será eficaz se a quantidade de voluntários doentes no grupo protegido for significativamente menor do que entre aqueles que receberam o placebo.

    Somente cerca de 2.000 pessoas devem participar da fase 3 de testes da Sputnik V, segundo seu site. A preocupação da comunidade internacional também se deu pelo fato de que o Instituto Gamaleya, de Moscou, que produz o antiviral, não divulgou estudos sobre ele.

    Como mostrou uma reportagem de VEJA desta semana, especialistas temem que lançar uma substância inadequada possa colocar em risco não só a saúde das pessoas que vão recebê-la, como também a credibilidade em relação à qualidade das imunizações em geral.

    Em 12 de agosto, o governo do Paraná assinou um memorando de entendimento com a Rússia para o desenvolvimento da vacina, durante uma reunião que contou com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e do Ministério da Saúde. Como adiantou o Radar, o governo brasileiro já estava em contato com a Rússia para discutir a produção do imunizante. O documento assinado, porém, não garante nada, apenas oficializa a intenção de trabalho conjunto entre os dois países para a realização da última fase de estudo e para produção da vacina.

    Continua após a publicidade

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não recebeu pedido de autorização de protocolo de pesquisa ou de registro, como ocorreu com outras iniciativas, como a da Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca, a da farmacêutica chinesa Sinovac Bio­tech em parceria com o Instituto Butantan e a do gigante Pfizer em aliança com a empresa alemã BioNTech — todas com programa de voluntários no Brasil.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

    a partir de 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.