Nesta quinta-feira, 15, a média móvel de mortes em São Paulo atingiu patamar semelhante ao que ocorria entre meados de abril, e muito ligeiramente em maio. Trata-se de 115,1 registros fatais. Para se ter uma ideia, o pico de notificações foi atingido no dia 4 de agosto, quando a média móvel de óbitos chegava a 289,4 registros.
Comparando com os dados do último dia 1º — ou seja, considerando os últimos 14 dias — o estado encontra-se em tendência de queda. Neste período há uma retração de 28,5%, superior aos 15% de variação que os epidemiologistas consideram em um patamar de estabilidade.
Em relação aos casos, a tendência é de estabilidade, já que a variação foi menor do que 15%. A média móvel registrada nessa quinta-feira foi de 4.172,7. Em comparação com o último dia 1º, a retração foi de 12,8%. Desde o final de setembro, estas notificações estão dentro do intervalo de 4.000 registros, mas nos últimos dias, aproximou-se lentamente do liminar inferior a esta marca.
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Desde a última sexta, 76% da população do estado pode companhar uma esperançosa retomada da vida cultural com museus, cinemas, bibliotecas e outros equipamentos do tipo recebendo aval do governo para erguer as portas pela primeira vez desde março, dentro do chamado Plano São Paulo. Trata-se de um fruto positivo da retração dos indicadores epidemiológicos nos últimos tempos. A título de comparação, no mês de maio, a ocupação dos leitos de UTI na Região Metropolitana chegava a preocupantes 92%. Nesta quinta-feira, a taxa estava em cerca de 41%.
Estes cálculos de médias móveis realizados por VEJA consideram os registros absolutos dos últimos sete dias, somados e, na sequência, divididos por 7. Deste modo é possível ter um retrato mais homogêneo do avanço da doença, pois anula-se os atrasos de notificações aos feriados e finais de semana.