Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Defensoria pede na Justiça que CFM pague indenização por danos coletivos

O argumento da ação é o de que a autarquia contribuiu para a tragédia da Covid-19 no Brasil ao referendar o uso de cloroquina

Por Cilene Pereira 1 out 2021, 19h36

A Defensoria Pública da União ajuizou na manhã de hoje, sexta-feira 1, ação civil pública contra o Conselho Federal de Medicina (CFM) exigindo o pagamento de 60 milhões de reais por danos coletivos. O argumento é o de que a autarquia referendou e insistiu na permissão do uso, por médicos, da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a Covid-19 mesmo depois de a ciência provar que o medicamento é ineficaz contra a doença. Além disso, a Defensoria pede também o pagamento de 50 mil reais a familiares que perderam um ente querido e a indenização de pacientes que ficaram com sequelas devido ao uso da medicação.É a primeira vez que o CFM é acionado na Justiça com processo desta magnitude. No ano passado, apesar das manifestações de sociedades médicas e da publicação de dezenas de pesquisas atestando a ineficácia do remédio contra a Covid-19, a autarquia manteve seu posicionamento sob o argumento de respeitar a autonomia médica. No entanto, não era disso que se tratava, uma vez que nenhum médico pode prescrever medicação ou tratamento que não estejam aprovados pelos órgãos regulatórios.

Há tempos o CFM é considerado pela maioria dos médicos um conselho mais interessado em manter feudos corporativos do que trabalhar pela melhora das condições da prática da medicina no país. Exemplo disso é a resistência da autarquia em autorizar o uso da telemedicina sem a necessidade de haver um médico ao lado do paciente na primeira consulta. Já está mais do que provado que a telemedicina é um dos recursos mais eficientes para tratar doenças passíveis de serem diagnosticadas e acompanhadas sem a necessidade de apoio hospitalar. Não é por outra razão que a modalidade cresceu tremendamente durante a pandemia, apresentando altíssimos índices de resolução de casos, o que contribui, obviamente, para desafogar os hospitais ao evitar que as pessoas procurem os serviços de emergência desnecessariamente. A telemedicina recebeu do CFM autorização apenas provisória, enquanto durar a emergência sanitária, apesar de todas as evidências demonstrarem sua eficácia.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.