Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Depilação pode contribuir para doenças sexualmente transmissíveis

Uma nova pesquisa sugere que pessoas que se depilam ou raspam os pelos pubianos sofrem com maior frequência de doenças sexualmente transmissíveis

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h45 - Publicado em 6 dez 2016, 16h38

Você tem o costume de depilar ou raspar os pelos pubianos? Um estudo publicado nesta terça-feira no periódico científico  Sexually Transmitted Infections sugere que pessoas que têm esse costume sofrem com maior frequência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Os autores chegaram a essa conclusão, após analisar uma pesquisa realizada pela consultora GfK em janeiro de 2014 com cerca de 7.500 pessoas com idade entre 18 e 65 anos nos Estados Unidos. Em relação à rotina de depilação, 74% dos participantes declararam já ter raspado ou depilado os pelos púbicos (84% mulheres e 66% homens).

Em seguida, os pesquisadores subdividiram as pessoas em três grupos: as que se depilavam mais de 11 vezes em um ano, as que faziam isso quase diariamente ou de forma semanal e as adeptas ocasionais. Os resultados mostraram que os participantes que haviam depilado a região genital tinham uma incidência mais alta de doenças sexualmente transmissíveis como herpes, sífilis ou clamídia.

Se a prevalência de DSTs foi de 13% entre os participantes do estudo, a incidência era de 8% entre as pessoas que nunca depilaram a região, enquanto as que fizeram isso ao menos uma vez tinham uma taxa de infecção de 14%. Por sua vez, os adeptos à depilação integral tinham uma incidência de 18%.

Esses resultados foram ajustados para levar em conta as diferenças em relação à idade e à quantidade de parceiros sexuais dos pesquisados. Embora essa tese não estabeleça uma relação causa-efeito, já que o estudo foi apenas observacional, uma hipótese “plausível” para explicar a relação podem ser os micro-cortes causados pela depilação na pele, que favorecem a entrada de vírus e bactérias, indicaram os pesquisadores.

Continua após a publicidade

Caso isso se confirme, os autores sugerem a realização de campanhas de prevenção para alertar as pessoas para que esperem que sua pele tenha cicatrizado da depilação antes de ter relações sexuais.

Outra possibilidade é que os que são adeptos da depilação de suas regiões íntimas têm a tendência de ter comportamentos sexuais de risco, acrescentaram.

Higiene

Um estudo publicado no início desse ano no periódico científico JAMA Dermatology mostrou que o principal motivo para a depilação íntima entre as mulheres é a higiene. Um estudo anterior, publicado no periódico The Journal of Sexual Medicine em 2010, apontava as relações sexuais como principal motivo para a prática.

Continua após a publicidade

“Muitas mulheres se sentem sujas quando não estão depiladas. Os pelos têm um propósito. Os pubianos, especificamente, estão lá para proteger tecidos delicados e importantes. Não tem nada a ver com ‘estar mais limpa’ sem eles.”, disse Tami S. Rowen, ginecologista-obstetra e principal autora do estudo, ao site especializado Live Science.

Os pesquisadores já haviam alertado para possíveis riscos associados à prática. Segundo eles, a função dos pelos pubianos é proteger a região de possíveis infecções. Por isso, a retirada deixa a área íntima mais vulnerável a problemas. Além disso, algumas infecções vulvares e vaginais podem ocorrer devido a problemas associados à depilação, como foliculites, abcessos, lacerações, reações alérgicas e queimaduras da cera.

Outros especialistas afirmam ainda que os pequenos cortes causados pela depilação facilitam a propagação de infecções sexualmente transmissíveis, mas não há nenhum grande estudo que comprove isso.

Continua após a publicidade

“Esta nova fonte de dados reflete o quão prevalente é essa prática de higiene pessoal. Nosso estudo é importante para os profissionais de saúde porque os comportamentos de higiene refletem as normas culturais e mostra que as mulheres têm diversas motivações que não são universais”, disse Benjamin Breyer, coautor do estudo, ao jornal britânico The Daily Mail.

(Com AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.