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Ebola: 2 novos tratamentos serão usados para conter a epidemia da doença

As terapias, dois anticorpos monoclonais em fase de testes, conseguiram salvar 90% dos pacientes no início da infecção

Por Da Redação
Atualizado em 12 ago 2019, 17h33 - Publicado em 12 ago 2019, 17h22

Dois novos tratamentos contra o ebola serão oferecidos a todos os pacientes na República Democrática do Congo, de acordo com informações do jornal americano The New York Times, nesta segunda-feira. As terapias, baseadas em anticorpos monoclonais, tiveram uma eficácia de 90% em fase de testes. Os cientistas esperam que sua inclusão represente o fim da epidemia da doença no país.

Em um ano, a epidemia infectou cerca de 2.800 pacientes e matou mais de 1.800 deles, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Muitas família na zona epidêmica estão escondendo os familiares doentes ou procurando ajuda tarde demais.

Os novos tratamentos, considerados experimentais, são conhecidos como REGN-EB3 e mAb-114. Ambos são anticorpos monoclonais infundidos intravenosamente no sangue. Eles se ligam à parte externa do vírus, impedindo que ele invada as células do paciente.

Eles fazem parte de um teste clínico que começou em novembro para avaliar a eficácia de quatro tratamentos contra o ebola, em cerca de 700 pacientes. Os resultados do REGN-EB3 e do mAb-114 foram tão bons que um comitê de monitoramento de dados recomendou que os outros dois tratamentos, ZMapp e remdesivir, fossem interrompidos e que todos os pacientes recebessem o REGN-EB3 e o mAb-114.

Entre os pacientes recém infectados que receberam o tratamento,  a taxa de mortalidade foi de 6% com o REGN-EB3 e 11% com o mAb-114 morreram, em comparação com 24% entre os pacientes que receberam o ZMapp e 33% entre os que receberam remdesivir. A diferença na taxa de mortalidade entre REGN-EB3 e mAb-114 não foi considerada relevante estatisticamente.

Segundo Michael Ryan, diretor de resposta a emergências da OMS, é bom ter mais de uma opção, caso haja problema de suprimento em algum dos medicamentos. Mas, os fabricantes dos dois tratamentos garantiram que produziriam doses suficientes para tratar todos os pacientes.

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