Entenda como dieta mediterrânea pode reduzir complicações na gestação
Estudo mostrou que consumo de vegetais, frutas e oleaginosas na época da concepção está ligado a risco 21% menor de resultados adversos da gravidez
A dieta mediterrânea se consolidou como uma aliada da saúde por meio de estudos que, nos últimos anos, apontaram seus benefícios para o coração e o cérebro. Baseada no consumo de vegetais, frutas, oleaginosas, azeite e peixe, ela agora aparece como uma ferramenta para diminuir a possibilidade de complicações na gestação. Um estudo realizado com 7.798 mulheres mostrou que a adoção da dieta na época da concepção reduz em 21% os riscos de qualquer tipo de resultado adverso da gravidez (APO, na sigla em inglês), como diabetes gestacional, eclâmpsia e parto prematuro.
O trabalho, encabeçado por pesquisadores do Cedars-Sinai Medical Center, nos Estados Unidos, avaliou voluntárias norte-americanas que ainda não tinham filhos e que consumiram os alimentos integrantes da dieta no período de três meses antes da concepção dos bebês.
Os achados, publicados no periódico Jama Network Open, foram mais animadores em um recorte por condição de risco à gravidez: possibilidade 28% menor de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia – quadro de hipertensão que pode levar a gestante à morte – e 37% menos chance de diabetes gestacional.
“Este estudo sugere que uma maior adesão a um padrão de dieta mediterrânea está associada a um menor risco de APOs”, informam os pesquisadores na conclusão do estudo.
Eles ponderam que é necessário mais pesquisas para verificar se intervenções com a promoção deste tipo de alimentação na época da concepção e durante a gravidez pode prevenir episódios adversos. O que se sabe é que, diante de tantos benefícios comprovados, as futuras mães podem incluir o que está ao seu alcance desta dieta com a certeza de que estão cuidando do própria saúde para ter uma gestação tranquila.