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Escolhido por Lula, Alexandre Padilha comanda Ministério da Saúde pela segunda vez

Ministro esteve à frente da pasta na gestão Dilma Rousseff e foi secretário municipal da Saúde na prefeitura de São Paulo; surto de dengue é um dos desafios

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 fev 2025, 11h04 - Publicado em 25 fev 2025, 19h33

O início da reforma ministerial, com a troca do comando do Ministério da Saúde nesta terça-feira 25, coloca o ministro Alexandre Padilha, até então à frente da Secretaria de Relações Institucionais, pela segunda vez como titular da pasta. A socióloga e ex-presidente da Fiocruz Nísia Trindade, primeira mulher a assumir o cargo, foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Médico infectologista pela Universidade de São Paulo e PhD em Saúde Pública pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Padilha foi ministro da Saúde durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2014). Também teve experiência na Secretaria Municipal da Saúde na gestão de Fernando Haddad, no período de 2015 a 2016, quando o atual ministro da Fazenda foi prefeito da capital paulista.

Em sua primeira manifestação após o anúncio, o ministro declarou ter “profunda admiração e carinho” por Nísia e afirmou que conhece os desafios que assumir a pasta representa.

“Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde. Esse é o comando que recebi do presidente Lula e ao qual vou me dedicar integralmente”, escreveu nas redes sociais.

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Padilha esteve presente no governo Lula na pasta de Relações Institucionais no período de 2009 a 2010 e tem uma longa história no PT, onde atuou como membro da coordenação nacional das campanhas à presidência de Lula em 1989 e 1994.

Na área da saúde, além da vida acadêmica, trabalhou no Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e na Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, coordenou planos de controle de malária no Pará e foi diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa. Essas funções foram exercidas no período de 2001 a 2005.

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Na campanha a deputado federal em 2022, Padilha recebeu apoio de Dilma e fez um post nas redes sociais relembrando quando foi ministro da Saúde e foi responsável pela implementação do programa Mais Médicos, política que tem como foco levar profissionais para regiões remotas e de difícil acesso, lançada em 2013.

Ter sido ministro da Saúde durante a gestão da Dilma Rousseff é uma das coisas de que mais me orgulho de carregar em minha trajetória. Juntos sonhamos em levar saúde pública para todos os brasileiros e materializamos com a construção do Mais Médicos, que levou profissionais para os quatro cantos desse país”, publicou na ocasião.

Desafios para o futuro ministro

Segundo nota da Presidência da República, Padilha deve assumir o cargo em 6 de março e comandará não só uma pasta cobiçada pelo centrão, mas com desafios em saúde pública em um cenário cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas e doenças causando surtos.

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O mais notável é a dengue, que atingiu seu nível recorde de toda a série histórica em 2024 e já causa estragos neste ano. Em 2025, foram 416.510 casos prováveis e 166 mortes. Há 405 óbitos em investigação. Na semana passada, o estado de São Paulo declarou estado de emergência por causa da situação da doença.

Outra enfermidade que preocupa é a febre amarela, que também está em surto em algumas localidades e fez com que o Ministério da Saúde iniciasse a distribuição de doses extras de vacina para os estados do Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Nesta terça-feira, a pasta anunciou o envio de 1,6 milhão de doses.

Criar uma marca no ministério durante o “Lula 3” está entre as missões. Ao longo de sua gestão, Nísia apresentou dados de reconstrução da pasta, considerando que a área da saúde sofreu com os impactos da pandemia de covid-19 sob o governo de Jair Bolsonaro. Mesmo com o Brasil saindo da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no ano passado, algo que não fazia sentido diante do histórico de sucesso em imunização, a cobrança por um programa forte teria contribuído para o processo de fritura que se acelerou nos últimos dias, culminando com a demissão.

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