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Fiocruz e UFRJ desenvolvem sistema de alerta para surtos infecciosos

Plataforma divulgada nesta segunda-feira é capaz de sinalizar doenças com potencial de causar emergências de saúde

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 fev 2023, 18h02
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  • Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciaram nesta segunda-feira, 13, o desenvolvimento de uma plataforma capaz de rastrear surtos de doenças infecciosas que podem causar emergências de saúde, como a dengue. Denominado Sistema de Alerta Precoce para Surtos com Potencial Epi-Pandêmico (Aesop), ele utiliza inteligência artificial e coleta de dados de diferentes fontes, incluindo os disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

    A plataforma tem como foco a sinalização de novos surtos de doenças infecciosas pelo fato de que esses episódios têm se tornado recorrentes, por causa das mudanças climáticas, movimentos migratórios e crescimento populacional.

    “A Aesop busca identificar geograficamente o início do surto por meio da análise de dados da Atenção Primária à saúde e outros dados relacionados às manifestações da doença, como venda de medicamentos e rumores nas redes sociais”, explicou Manoel Barral-Netto, pesquisador da Fiocruz e coordenador do projeto, durante a 6ª Conferência Global de Ciência, Tecnologia e Inovação (G-Stic), realizada no Rio de Janeiro.

    O pesquisador diz que duas ações são desencadeadas quando ocorre a identificação de uma região com um surto: a coleta de amostras em campo para identificação dos agentes infecciosos e a integração de informações pelos cientistas de dados, que informam as medidas de controle.

    A iniciativa tem o apoio do Ministério da Saúde e da Fundação Rockefeller. “Construir plataformas abertas, transparentes e escaláveis que transformam dados em ação é vital para garantir uma resposta informada, coordenada e rápida a surtos de doenças infecciosas atuais e futuras”, afirmou Kay van der Horst, diretor administrativo da Iniciativa de Saúde da Fundação Rockefeller. “É um modelo que, acreditamos, pode servir como uma prática recomendada para outras regiões, à medida que o mundo avança em direção a uma vigilância de patógenos e resposta a surtos mais robusta e coordenada”, completa.

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