O governo brasileiro vai passar a adotar a dose única da vacina contra febre amarela, dispensando a chamada “dose de reforço”, que era recomendada até então. A medida, que segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema, foi anunciada nesta quarta-feira pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Com a decisão, as pessoas que já tomaram uma dose não precisarão mais se vacinar contra febre amarela ao longo da vida. Estudos da OMS atestaram a eficácia da dose única, sem necessidade de complementação, e em 2014 a organização recomendou a mudança. Na época, porém, o ministério da Saúde entendeu que eram necessárias mais pesquisas antes da adoção do protocolo.
Em entrevista coletiva, Barros disse ainda que o governo prepara a rede pública para um possível fracionamento das doses. A medida seria emergencial, para imunizar o maior número de pessoas possível. Pesquisas indicam que a dose fracionada protege por pelo menos um ano. Caso a medida venha a ser adotada, um frasco com cinco doses poderá vacinar até 25 pessoas.
Casos
Desde dezembro do ano passado, quase 2 mil casos de febre amarela foram notificados em todo o país, dos quais 586 foram confirmados e causaram 190 mortes. No mesmo período, cerca de 16,5 milhões de doses da vacina foram aplicadas, e apenas 192 causaram reações graves, como por exemplo a contaminação pelo vírus. Estes últimos números, porém, ainda estão em investigação.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)