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Governo cria sala para monitorar intoxicações por metanol; ‘Diferente de tudo na série histórica’, diz Padilha

Estrutura busca agilizar diagnósticos, rastrear produtos e coordenar medidas de segurança; até o momento, há 39 casos notificados em São Paulo e 4 em Pernambuco

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 out 2025, 12h02 - Publicado em 2 out 2025, 09h50

O Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação, de caráter emergencial, para acompanhar os casos de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. A ação foi tomada após a notificação de 43 casos no país entre agosto e esta quarta-feira, 1º de outubro — número considerado atípico, já que o Brasil costuma registrar, em média, 20 ocorrências ao longo de todo um ano. Até agora, 39 casos foram notificados em São Paulo (10 confirmados e 29 em investigação) e quatro em Pernambuco. Um óbito foi confirmado em São Paulo, enquanto outros sete estão em análise (cinco no estado paulista e dois em Pernambuco).

“Estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no país. A entrada da Polícia Federal no plano se deve à suspeita de envolvimento de uma organização criminosa relacionada à adulteração de bebidas”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

As investigações em São Paulo estão sob responsabilidade da Polícia Federal, em parceria com órgãos de vigilância sanitária e de segurança. A recomendação oficial é que bares, distribuidoras e consumidores redobrem a atenção quanto à procedência das bebidas e evitem produtos sem rótulo, lacre de segurança ou selo fiscal.

O que é a Sala de Situação

A Sala de Situação é uma estrutura ativada em cenários de risco à saúde pública, que reúne técnicos de diferentes áreas para monitorar dados, analisar o avanço dos casos e organizar a resposta nacional. No caso do metanol, a sala é composta por representantes dos ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Agricultura e Pecuária, pela Anvisa, pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), pelos conselhos de secretários estaduais e municipais (Conass e Conasems) e pelas secretarias de Saúde de São Paulo e Pernambuco.

O grupo se reunirá de forma contínua para compartilhar informações em tempo real, apoiar estados e municípios e articular medidas conjuntas com órgãos de segurança e vigilância sanitária. A estrutura permanecerá ativa enquanto durar o risco sanitário.

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Orientação aos estados

O Ministério da Saúde também emitiu nota técnica para todos os estados e municípios, determinando a notificação imediata de casos suspeitos de intoxicação por metanol. A medida visa reforçar a vigilância, garantir atendimento adequado aos pacientes e agilizar a identificação da origem dos produtos adulterados.

Os profissionais de saúde devem considerar suspeito qualquer paciente que, após ingestão de bebida alcoólica, apresente sintomas como embriaguez persistente, dor abdominal, desconforto gástrico, náuseas ou alterações visuais entre 12 e 24 horas após o consumo, além de acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da região.

O Brasil conta com 32 CIATox, especializados em toxicologia clínica, que oferecem suporte por telefone e orientam o manejo de cada caso — desde os exames diagnósticos até o protocolo de uso do antídoto (etanol em grau farmacêutico, administrado de forma oral ou intravenosa). Esses centros também ajudam a rastrear onde o paciente adquiriu a bebida, permitindo mapear focos de produtos adulterados.

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A partir da notificação, as secretarias estaduais e municipais de saúde passam a acompanhar os casos, em articulação com a Sala de Situação.

Sintomas de intoxicação

Os principais sinais e sintomas devido a intoxicação por metanol são dor abdominal, visão adulterada, confusão mental e náusea que podem aparecer entre 12h e 24h após a ingestão da substância. Diante desses sintomas, o paciente deve procurar o atendimento médico no serviço de emergência mais próximo a sua casa para investigação diagnóstica e tratamento adequado. O profissional de saúde deve ligar para o CIATox da sua região para que o serviço de saúde faça a notificação e a investigação do caso.

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