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Hidroxicloroquina não é eficaz em pacientes internados por Covid-19

Estudo publicado no The New England Journal of Medicine mostrou que o medicamento não reduziu o número de mortes nem de intubações

Por Da redação
9 Maio 2020, 23h23

Um estudo publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine mostrou que a hidroxicloroquina não melhora a recuperação de pacientes internados por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A pesquisa, realizada com 1.376 pacientes em estado moderado ou grave da doença  internados no Hospital Presbyterian, em Nova York, concluiu que pacientes com e sem o tratamento apresentaram o mesmo risco de uma piora do quadro, necessidade de entubação e de morte.

Para avaliar a eficácia do tratamento da hidroxicloroquina os pacientes compararam o desfecho do quadro de pacientes internados que receberam o medicamento com pacientes que não receberam o tratamento. Portanto, esse era um estudo observacional e os pesquisadores não realizaram nenhum tipo de intervenção.

Das 1.376 incluídas no estudo, 811 receberam a medicação e 565 pacientes não. Os que foram tratados seguiram um protocolo de 5 dias de hidroxicloroquina ou uma combinação entre hidroxicloroquina e azitromicina. Os resultados mostraram que ao longo do estudo 232 pessoas morreram, 1.025 tiveram alta hospitalar e 119 ainda estavam internadas.

De acordo com autores, a análise estatística dos dados não aponta benefícios no uso da hidroxicloroquina para redução de morte ou a intubação. “Nesta análise, envolvendo uma grande amostra de pacientes consecutivos que foram hospitalizados com Covid-19, o risco de entubação ou de morte não foi significativamente maior ou menor entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina do que entre os que não receberam”, escreveram os pesquisadores.

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Vale ressaltar que embora esse estudo tenha seguido o protocolo de análise por pares antes da publicação, estudos observacionais não são considerados tão conclusivos quanto ensaios clínicos randomizados para avaliar a eficácia de um tratamento. Entretanto, pode ser uma forma mais rápida de gerar resultados e ajudar no processo de aprovação de alguns tratamentos. Por isso, os pesquisadores alertaram para a necessidade da realização de um rigoroso ensaio clínico controlado randomizado e duplo-cego com o medicamento.

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