Lavar as mãos com sabonete e limpá-las com álcool em gel continuam sendo medidas de higiene eficientes contra a infecção pelo novo coronavírus, tendo efeito inclusive sobre as variantes que estão surgindo. A boa notícia é resultado de um experimento feito na Ruhr-Universität Bochum (RUB), na Alemanha, detalhado em artigo publicado no Journal of Infectious Diseases.
Desde o surgimento das variantes, pesquisadores estavam intrigados em relação à eficácia do kit água e sabão + álcool em gel também contra elas. “Afinal, ao menos duas – a britânica e a da África do Sul – apresentam tantas mutações que seria prudente investigar se seriam sensíveis às medidas de higiene”, explica Toni Meister, da instituição alemã.
A equipe analisou por quanto tempo as novas cepas permaneceriam em superfícies feitas de aço, cobre e sobre máscaras faciais. Também verificaram o quanto elas poderiam se tornar inofensivas com o uso de sabão e álcool em gel. Eles concluíram que as variantes britânica e da África do Sul podem ser inativadas com o uso de álcool a 30% por pelo menos trinta segundos. “Portanto, desinfetantes comuns são efetivas”, afirma Stephanie Pfander, também da RUB. Lavar as mãos com sabonete e uso de álcool em gel mostraram-se igualmente capazes de reduzir o risco de infecção.
No Brasil, a engenheira química Fernanda Checchinato, da startup Aya, anunciou ter criado um sabonete que protege contra o coronavírus mesmo horas depois do banho. Segundo ela, o responsável pelo efeito duradouro é a clorexidina, produto usado em hospitais e clínicas nos processos de desinfecção. O produto é chamado de super-sabonete.
A lavagem das mãos com sabonetes protege contra o coronavírus porque o impede de penetrar no corpo através da pele e ainda o “dissolve”. A água, por sua vez, leva embora seus fragmentos.
Confira o avanço da vacinação no Brasil: