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Israel passa a exigir ‘passaporte de imunidade’ para crianças

Crianças a partir de 3 anos de idade precisarão apresentar comprovante de vacinação ou teste negativo de Covid-19 para frequentarem alguns lugares

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2021, 18h14 - Publicado em 19 ago 2021, 18h11
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  • Diante do aumento de casos de Covid-19, Israel endureceu as restrições e passou a exigir comprovante de vacinação ou teste negativo para a doença de qualquer pessoa com mais de 3 anos de idade. A apresentação do Green Pass, uma espécie de passaporte de imunidade adotado pelo país, é necessária para frequentar locais fechados como restaurantes, cafés, museus, bibliotecas, ginásios e piscinas. Lojas e shoppings estão entre os poucos lugares que não exigem o certificado.

    Até quarta-feira, 18, apenas crianças com 12 anos ou mais, que já são elegíveis para receberem a vacina contra Covid-19, e adultos eram obrigados a apresentar o Green Pass. No entanto, as autoridades decidiram expandir a exigência para crianças mais novas. Como elas ainda não são elegíveis à vacinação, os testes serão financiados pelo governo, a menos que tenham cinco anos ou mais e sejam consideradas em risco significativo de Covid-19.

    Os demais cidadãos que já podem se vacinar mas não o fizeram, o que corresponde a cerca de 11% da população, precisarão pagar pelos testes, caso desejem a comprovação para frequentar os lugares que exigem o documento. O governo israelense diz que o país está “em guerra” com o vírus, apesar de ser um líder mundial em vacinação.

    O Ministério da Saúde israelense registrou 7.870 novos casos de Covid-19 na terça-feira, 17, uma ligeira redução em relação a segunda-feira, 26, com 8.752, o maior número diário dos últimos seis meses. Mais de 120 pessoas morreram após contrair o vírus na semana passada — o dobro do total mensal registrado em julho — e 600 pessoas estão em estado crítico em hospitais, segundo informações da BBC.

    “A mortalidade está aumentando a cada dia “, disse Salman Zarka, epidemiologista e conselheiro do governo, a uma comissão parlamentar na quarta-feira, 18, segundo informações do jornal local Jerusalem Post. Ele advertiu ainda que se o cenário não melhorar, o país poderá entrar em um novo lockdown em breve.

    Outro esforço adotado pelo país para tentar conter o surto atual, creditado à disseminação da variante Delta, identificada pela primeira na Índia, é a aplicação de uma terceira dose da vacina Pfizer-BioNTech em pessoas com mais de 50 anos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades. Até agora, cerca de 1,1 milhão de cidadãos elegíveis receberam o reforço.

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