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Maior consumo de frutas diminui risco de depressão

Estudo mostrou ainda que pessoas que comem lanches salgados e batatas fritas, pobres em nutrientes, são mais propensas a aumentar seus níveis de ansiedade

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jul 2022, 19h29

Um estudo publicado no British Journal of Nutrition, mostrou que quanto mais frutas uma pessoa consumir, menor o risco de depressão.  A pesquisa entrevistou 428 adultos e analisando a relação entre o consumo de frutas, legumes, lanches doces e salgados e a saúde psicológica, descobriu que a frequência com que comemos frutas é mais importante para nossa saúde psicológica do que a quantidade total que consumimos durante uma semana. Os pesquisadores também concluíram que as pessoas que comem lanches salgados e batatas fritas, pobres em nutrientes, são mais propensas a aumentar seus níveis de ansiedade.

Levando em conta fatores demográficos e de estilo de vida, como idade, saúde geral e a prática de exercícios físicos, o levantamento descobriu ainda que tanto frutas ricas em nutrientes quanto lanches salgados pobres em nutrientes estavam ligados à saúde psicológica, mas não havia essa associação sobre o consumo de vegetais. “Geralmente, frutas inteiras são boas fontes de fibra e devem ser inseridas diariamente em um plano alimentar equilibrado, variado e o mais natural possível”, afirma a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

No estudo, quanto mais frequente o consumo de frutas, menor era a pontuação para depressão e maior para o bem-estar mental dos entrevistados, enquanto os que frequentemente comiam alimentos salgados pobres em nutrientes eram mais propensas a experimentar “lapsos mentais diários”, conhecidos como falhas cognitivas subjetivas e relatar menor bem-estar mental. “Um maior número de lapsos foi associado a maiores sintomas relatados de ansiedade, estresse e depressão e menores escores de bem-estar mental”, explica a médica, que acrescenta. “Os nutrientes encontrados em alimentos saudáveis trabalham para fazer com que o cérebro produza serotonina, popularmente conhecido como hormônio do bem-estar”.

Outros estudos encontraram uma associação entre frutas e legumes e saúde mental, mas poucos analisaram frutas e legumes separadamente – e menos ainda avaliam a frequência e a quantidade de ingestão. “Tanto as frutas quanto os vegetais são ricos em antioxidantes, fibras e micronutrientes essenciais que promovem a função cerebral ideal, mas uma parte desses nutrientes pode ser perdida durante o cozimento. Essa é uma vantagem das frutas”, diz Marcella. “Mudar o que comemos é uma maneira simples e fácil de melhorar nosso bem-estar mental. No geral, vale a pena tentar adquirir o hábito diário de escolher e consumir algo da fruteira”, finaliza.

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