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Ministério da Saúde pede incorporação de vacina contra o herpes-zóster ao SUS

Padilha diz que oferecer o imunizante é uma prioridade da pasta

Por Da Redação
28 abr 2025, 09h29

O Ministério da Saúde encaminhou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) uma solicitação de avaliação para a inclusão da vacina contra o herpes-zóster no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota, a pasta informou que, neste momento, aguarda parecer técnico para definir sobre a incorporação da dose à rede pública de saúde. “A incorporação de uma nova vacina ao SUS envolve diversas etapas, como a identificação da demanda, análise técnico-científica, avaliação de viabilidade e pactuação entre as três esferas de gestão: União, estados e municípios.”

O pedido de adoção do imunizante foi feito pela deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO). Em vídeo postado na rede social X, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a incorporação da dose é uma prioridade da pasta.

“É uma vacina de boa qualidade, mas é muito difícil as pessoas terem acesso. Muita gente não sabe da existência dela. Pode ter certeza: é uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no SUS e que a gente possa fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação para receber essa vacina.”

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Herpes-zóster

Também conhecida como cobreiro, a herpes-zóster é uma doença que aparece na pele, causada pelo vírus varicela-zoster (VVZ), o mesmo que provoca a catapora.

De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus permanece “adormecido” durante toda a vida da pessoa. “A reativação ocorre na idade adulta ou em pessoas com imunidade comprometida, como as portadoras de doenças crônicas (hipertensão, diabetes), câncer, aids, transplantadas e outras.”

Afirmam ainda que “excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes-zóster após contato com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zóster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível uma criança adquirir varicela por contato com doente de zóster.”

No início de abril, um estudo publicado na Nature revelou que a herpes-zóster tem uma forte relação com a demência. No trabalho, a imunização de pessoas adultas contra esse vírus foi associada a uma redução de 20% nas chances de desenvolvimento dessa condição.

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A relação entre essas duas condições ainda não está completamente estabelecida, mas os pesquisadores acreditam que quando o vírus se manisfesta, ela age causando feridas na pele, mas também pode causar danos no sistema nervoso central, levando a uma deterioração do funcionamento cerebral.

Sintomas

O quadro clínico do herpes-zóster, segundo a pasta, inclui sinais e sintomas da doença quase sempre típicos da doença. Na maior parte dos casos, antecedem às lesões cutâneas (na pele) os seguintes sintomas:

  • dores nevrálgicas (nos nervos);
  • parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão);
  • ardor e coceira locais;
  • febre;
  • dor de cabeça;
  • mal-estar.

Complicações

Ainda de acordo com o ministério, o herpes-zóster pode provocar algumas complicações, dentre elas:

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  • ataxia cerebelar aguda, que pode afetar equilíbrio, fala, deglutição, movimento dos olhos, mãos, pernas, dedos e braços;
  • trombocitopenia ou baixa quantidade de plaquetas, responsáveis pela coagulação, no sangue;
  • infecção bacteriana secundária de pele, como impetigo, abscesso, celulite e erisipela, causadas por Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes ou outras que podem levar a quadros sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia, endocardite, encefalite ou meningite e glomerulonefrite;
  • síndrome de Reye, doença rara que causa inflamação no cérebro e que pode ser fatal, associada ao uso de AAS, sobretudo em crianças;
  • infecção fetal, durante a gestação, que pode levar à embriopatia, com síndrome da varicela congênita, expressa com um ou mais dos seguintes sinais: malformação das extremidades dos membros, microftalmia, catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso central;
  • varicela disseminada ou varicela hemorrágica em pessoas com comprometimento imunológico;
  • nevralgia pós-herpética (NPH) ou dor persistente por quatro a seis semanas após a erupção cutânea, que se caracteriza pela refratariedade ao tratamento. É mais frequente em mulheres e após comprometimento do nervo trigêmeo.

(Com Paula Laboissière, da Agência Brasil)

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