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Mpox: Reino Unido detecta caso da nova variante pela primeira vez

Episódio ocorreu com paciente de Londres que viajou para África, onde linhagem mais letal está em circulação; Alemanha também teve registro

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2024, 13h03

O Reino Unido confirmou nesta quarta-feira, 30, o primeiro caso da nova variante de mpox, zoonose viral que ficou conhecida como varíola dos macacos monkeypox. O diagnóstico foi feito em um homem de Londres que viajou recentemente por países da África, onde a nova linhagem está em circulação, segundo a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês). Neste mês, houve a confirmação de um episódio na Alemanha. Apesar das confirmações, o risco de disseminação é considerado baixo tanto na Europa quanto em território britânico.

Segundo a UKHSA, a detecção do vírus foi feita por meio de um teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o paciente foi transferido para a unidade de Doenças Infecciosas de Alta Consequência do Hospital Royal Free. Detalhes sobre o homem não serão divulgados.

Com a confirmação, foi desencadeada uma varredura para encontrar os contactantes que serão testados e, se for necessário, vacinados.

A preocupação com nova linhagem, o clado Ib que está em surto principalmente na República Democrática do Congo, tem relação com o fato de ela levar a quadros mais graves e ser mais letal. Enquanto a cepa anterior, o clado II, matava 1% dos acometidos, a nova versão chega a 10%.

“O risco para a população do Reino Unido continua baixo. Estamos trabalhando rapidamente para rastrear contatos próximos e reduzir o risco de qualquer potencial disseminação. De acordo com os protocolos estabelecidos, investigações estão em andamento para descobrir como o indivíduo adquiriu a infecção e avaliar se há outros casos associados”, explicou, em comunicado, Susan Hopkins, conselheira médica chefe da UKHSA.

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Caso na Alemanha

No último dia 23, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) emitiu um comunicado sobre o primeiro caso da nova cepa de mpox na Alemanha. Também foi em um indivíduo que viajou.

Assim como no Reino Unido, o risco de transmissão local é avaliado como baixo.

Emergência internacional

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em agosto desde ano o retorno da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) para a mpox. O mais alto status dado pela entidade para uma doença em circulação no mundo voltou a operar por causa do aumento de casos da infecção que tem sido rapidamente disseminada na República Democrática do Congo e outros quatro países africanos após o surgimento de uma nova variante.

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A emergência global pela doença, que causa erupções na pele e pode matar, foi declarada pela primeira vez em 2022encerrada em maio do ano passado, quando o surto foi contido e o vírus demonstrou que não estava levando a mudanças nos sintomas nem na gravidade dos casos.

Entenda a mpox

Descoberta em 1958, a mpox chegou a ser chamada de varíola dos macacos por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

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arte Mpox
(./.)

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte que ocorreram em 2022 demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. A OMS alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado. A doença levou a 99 000 casos e 200 mortes em 116 países entre maio de 2022 e junho deste ano.

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