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Nova terapia para câncer de próstata é vitória para paciente, diz médico

Tratamento inovador liberado pela Anvisa é opção para casos com metástase e resistentes à castração; indicação depende de exame

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h26 - Publicado em 12 jan 2024, 08h00

Com o sucesso dos tratamentos oncológicos mais conhecidos, como a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, o leque de novos tratamentos tem se ampliado para alcançar pacientes que ainda não encontram opções nesse arsenal. Uma das novidades para pacientes brasileiros tem como alvo casos de câncer de próstata resistente à castração que testam positivo para um antígeno específico da membrana da glândula masculina. Recém-aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vipivotida tetraxetana (177 Lu), droga da farmacêutica Novartis de nome comercial Pluvicto, é considerada uma vitória para a população que enfrenta a doença, segundo Abraão Dornellas, oncologista no Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer.

O tratamento combina a terapia-alvo com um elemento radioativo para atacar e destruir com precisão as células tumorais. Em ensaios clínicos, a droga se mostrou capaz de reduzir em até 38% o risco de morte dos pacientes com esse tipo de tumor.

A terapia é indicada para adultos com câncer de próstata metastático resistente à castração com resultado positivo para antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) e que não tiveram sucesso ao serem tratados com inibição da via do receptor de andrógeno e quimioterapia baseada em taxano.

“Essa molécula é de fundamental importância no tratamento do câncer de próstata metastático. Esses pacientes têm poucas alternativas validadas com ganho de sobrevida”, explica Dornellas.

Segundo o oncologista, os pacientes precisam fazer  um exame para verificar a expressão do antígeno PSMA, chamado PET-PSMA, antes da prescrição da terapia. Com o resultado positivo, a terapia radioligante pode ser indicada.

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“A aprovação como terapêutica é vista como uma vitória e mais uma oportunidade de tratamento para essa população”, destaca.

Como funciona a terapia

A droga une as tecnologias para se ligar às células cancerígenas da próstata que expressam a um tipo de proteína na membrana. Quando elas se ligam, o elemento radioativo iniciam um processo de danificar as células tumorais. Além de perder a capacidade de replicação, ocorre a morte celular.

A droga foi liberada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, em março de 2022. Também já foi aprovada pelas agências do Canadá e da Grã-Bretanha, pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Comissão Europeia.

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Câncer de próstata

De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. São estimados 71.730 novos casos 16.301 mortes por ano no Brasil.

O envelhecimento aumenta o risco de desenvolvimento desse tipo de tumor, assim como fatores genéticos, mas a doença também está relacionada à obesidade e ao tabagismo.

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