A Nova Zelândia iniciou um lockdown nacional de três dias após a confirmação de um único caso da doença no país, diagnosticado após um período de seis meses sem novas infecções. Durante a restrição, que teve início às 23h59 de terça-feira, no horário local, a população deve ficar em casa e todas as escolas, instalações públicas e comércios não essenciais estão fechados.
“Quero garantir à Nova Zelândia que planejamos essa eventualidade e que agora iremos colocar em prática esse plano para conter e erradicar a Covid-19 mais uma vez. […] Trabalhar duro e cedo funcionou para nós antes”, disse a primeira-ministra Jacinda Ardern, em entrevista coletiva.
A medida foi desencadeada pela descoberta de uma infecção em Auckland, a cidade mais populosa da Nova Zelândia. Ainda não há confirmação, mas autoridades de saúde locais acreditam que seja o primeiro caso da variante Delta no país. Auckland e a região vizinha, chamada, Península de Coromandel, que a pessoa infectada visitou recentemente, entraram em um lockdown mais longo de sete dias. Ainda não se sabe como o indivíduo contraiu o vírus. O país tem um rígido sistema de quarentena e o paciente não tem nenhum vínculo com as instalações de quarentena localizadas na fronteira.
Antes do anúncio oficial de Ardern, a população foi em massa aos supermercados para se abastecer. Corredores de papel higiênico ficaram vazios, em cenas que lembram o início da pandemia, segundo informações do The New York Times. As estradas de Auckland também ficaram lotadas por pessoas que queriam deixar a cidade e ir para casas em outras regiões do país.
O governo da Nova Zelândia havia indicado anteriormente que responderia a quaisquer casos da variante Delta com restrições severas, de acordo com a estratégia Covid-zero do país. A Nova Zelândia foi um dos países menos afetados pela pandemia, com um total de 2.927 diagnósticos positivos e 26 mortes, segundo informações compiladas pelo New York Times. Até terça-feira, 17, o país vacinou com a ao menos uma dose apenas 32,3% da população, segundo informações do ranking da Bloomberg. Destas, 18,6% já estão totalmente imunizadas.