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O que se sabe sobre o uso de furadeiras domésticas em hospital ortopédico de SP

Funcionários do Hospital Nossa Senhora do Pari denunciaram uso de equipamento doméstico à TV Globo; entidade nega irregularidades

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 fev 2025, 17h33 - Publicado em 7 fev 2025, 17h28

Funcionários do Hospital Nossa Senhora do Pari, localizado no Canindé, região central de São Paulo, denunciaram em relatos e vídeos o uso de furadeiras domésticas durante cirurgias ortopédicas realizadas na unidade, umas das referências para o procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS). As denúncias foram obtidas pela TV Globo, que mostrou na noite desta quarta-feira, 5, imagens dos equipamentos ensanguentados e até com fios desencapados dentro do centro cirúrgico. Em nota, a Associação Beneficente Nossa Senhora do Pari informou que “os equipamentos utilizados no centro cirúrgico são próprios para uso hospitalar e possuem registro no órgão regulador”.

Segundo a reportagem da emissora, havia entre cinco e nove furadeiras comuns no hospital. Um funcionário que falou sob condição de anonimato afirmou que os equipamentos foram adquiridos por serem mais baratos e terem preços de manutenção mais baixos.

Utilizar furadeiras domésticas em cirurgias que demandam perfuração de ossos, como procedimentos ortopédicos e neurológicos, é uma infração sanitária e não é permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2008.

“A furadeira doméstica não apresenta controle da rotação; pode aspirar partículas de osso para seu interior; Não pode ser esterilizada; A lubrificação a óleo pode contaminar o campo cirúrgico; Não está protegida do risco de descarga elétrica”, destaca a nota técnica Nº 40/2017.

Hospital nega irregularidades

A reportagem de VEJA questionou o hospital sobre as supostas irregularidades e a entidade beneficente Associação Beneficente Nossa Senhora do Pari (HPARI), responsável por gerir a unidade, negou as acusações e afirmou que “cumpre rigorosamente todas as exigências da Anvisa, bem como a legislação vigente”.

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De acordo com a HPARI, a unidade realiza 550 cirurgias por mês com índice de aprovação dos pacientes de 90% e tem taxa de infecção de 1,3%. “Índice muito abaixo dos 5% preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).”

“O hospital reafirma seu compromisso em atender a população carente com o mais elevado padrão de qualidade hospitalar, prestando serviços relevantes à comunidade, e permanece à disposição das autoridades, reforçando sua postura de total transparência e responsabilidade”, disse.

A entidade afirmou ainda que “os equipamentos utilizados no centro cirúrgico são próprios para uso hospitalar e possuem registro no órgão regulador, conforme vistoria realizada pela Vigilância Sanitária na data de 06/02/2025”.

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Por meio da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o Centro de Vigilância Sanitária confirmou a inspeção no Hospital do Pari e também a informação de que os equipamentos eram condizentes com o ambiente hospitalar.

“Durante a fiscalização, foram encontrados equipamentos e materiais esterilizantes regulares, incluindo furadeiras cirúrgicas. O Hospital do Pari foi notificado para apresentar documentos complementares solicitados pela autoridade sanitária.”

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