A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) divulgaram uma avaliação atualizada sobre os riscos potenciais da gripe aviária (H5N1). O relatório ressalta que, apesar de a doença ser preocupante, a probabilidade imediata de uma pandemia causada pelo vírus influenza é baixa. Destaca, no entanto, a necessidade de vigilância constante para evitar que mutações no vírus possam aumentar as chances de transmissão entre humanos.
O que é o vírus H5N1?
O influenza A (H5N1) é uma cepa do vírus da gripe aviária, conhecido por afetar principalmente aves. Identificado pela primeira vez em humanos em 1997, tem causado surtos esporádicos em aves e ocasionalmente em humanos, com uma taxa de mortalidade elevada entre os infectados. A gripe aviária é endêmica em algumas regiões, e o A(H5N1) é notório por sua capacidade de causar doenças graves e, em alguns casos, fatais em aves e mamíferos.
Qual é o risco para os humanos?
Segundo a avaliação conjunta, o risco atual de uma pandemia causada pelo é considerado baixo. As infecções humanas identificadas até agora foram isoladas, sem sinais de transmissão contínua entre pessoas. No entanto, a preocupação principal é que, como todos os vírus, o A(H5N1) pode evoluir. Se ele adquirir a capacidade de se espalhar facilmente entre humanos, o cenário pode mudar, o que é um fator crucial na avaliação de risco de pandemia.
Recomendações da OMS, FAO e OIE
Para o público em geral, as recomendações incluem manter práticas de higiene básicas, como lavar as mãos regularmente e evitar o contato direto com aves doentes ou mortas. As autoridades de saúde devem fortalecer as redes de vigilância, garantir a rápida detecção de novos casos e estar preparadas para implementar medidas de controle se necessário. A colaboração global é crucial para a gestão eficaz do vírus e para assegurar que qualquer mudança no perfil do patógeno seja rapidamente identificada e abordada.
Embora o relatório traga uma mensagem de cautela, ele também reforça que, no momento, não há necessidade de pânico. A detecção precoce e a vigilância são as melhores ferramentas para evitar que o vírus se torne uma ameaça maior.