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OMS e Unicef alertam sobre “tempestade perfeita” para surtos de sarampo

Casos da doença, perigosa para crianças, aumentaram 79% nos primeiros 2 meses de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h40 - Publicado em 27 abr 2022, 21h01
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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) emitiram um alerta sobre o aumento dos casos de sarampo no mundo e classificaram o cenário como uma “tempestade perfeita” de condições para surtos da doença. De acordo com as entidades, os registros aumentaram 79% nos dois primeiros meses deste ano em relação ao mesmo. A doença, evitável por vacina, pode levar crianças a quadros graves e até à morte.

    A pandemia de Covid-19 agravou a situação de falta de acesso aos imunizantes e causou a interrupção da vacinação de rotina das crianças. A OMS e o Unicef demonstraram preocupação com o relaxamento das práticas de distanciamento social e, o mais grave: o deslocamento de pessoas causado por conflitos, caso da guerra na Ucrânia.

    Em janeiro e fevereiro deste ano, foram notificados 17.338 casos da doença no mundo ante 9.665 nos dois primeiros meses de 2021. A doença é altamente contagiosa e é responsável pelo enfraquecimento do sistema imunológico. Assim, faz com que a criança fique mais vulnerável a episódios de pneumonia e diarreia, por exemplo.

    “É encorajador que as pessoas em muitas comunidades estejam começando a se sentir protegidas o suficiente da Covid-19 para retornar a mais atividades sociais. Mas fazer isso em lugares onde as crianças não estão recebendo a vacinação de rotina cria a tempestade perfeita para a propagação de uma doença como o sarampo”, disse, em nota, Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef.

    Um balanço das entidades com dados de 2020 mostrou que 23 milhões de crianças deixaram de receber vacinas básicas. O número é o mais alto desde 2009 e 3,7 milhões a mais do que em 2019. O índice ideal de crianças imunizadas com as duas doses da vacina é de 95%.

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