Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Oxford: maioria dos voluntários recebeu a vacina, sem efeitos colaterais

Os resultados do estudo no Brasil deverão ser conhecidos em setembro

Por Mariana Rosário Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2020, 19h18 - Publicado em 5 ago 2020, 18h54
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em menos de dois meses, 60,6% dos voluntários no país já receberam as doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório Astrazeneca , de acordo com levantamento realizado por VEJA. A região em estágio mais avançado de testagem é São Paulo, com cerca de 1.700 de aplicações, o que resulta em 85% do número total.

    Um dos motivos para a escolha da aplicação dos testes de vacinas no Brasil foram os índices epidemiológicos da doença, que tinham altos patamares à época em que se anunciou a cooperação internacional. Nesta quarta-feira, 5, o país chegou à média móvel de 43.829,7 novos casos e 1.017,4 mortes no período de 24 horas.

    A estimativa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenadora do estudo, é que as aplicações terminem em no máximo 20 dias em São Paulo. O Rio de Janeiro e Salvador, que também participam do estudo, não divulgaram os prazos, mas não deve demorar. O Rio de Janeiro, por exemplo, que teve a missão de de recrutar 2.000 voluntários, já tem 61% das aplicações realizadas pelo laboratório do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor).

     

    Por último, há ainda um grupo de 1.000 pacientes em Salvador, na Bahia, também monitorados pelo Idor. Lá, 36% dos recrutados já receberam as aplicações. A região foi a última a entrar no circuito de testes, em 10 de julho.

    Dados dos voluntários paulistas revelam que a vacina não causa efeitos colaterais severos. Houve apenas relato de incômodo no local da aplicação, dor de cabeça e quadros de febre de baixo a moderado (controlados com o medicamento paracetamol). Na universidade, o clima é de “otimismo” e “esperança”, como descrevem profissionais da entidade. Os resultados preliminares desta rodada de testes devem ser conhecidos a partir de setembro, diz o laboratório Astrazeneca.

    Doses iniciais

    O Ministério da Saúde anunciou na sexta-feira, 31, a assinatura de um documento base de produção de 100,4 milhões de vacinas em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Astrazeneca. Há a previsão de que sejam investidos pelo menos 1,8 bilhão de reais no processo. A maior parte (1,3 bilhão de reais) faz parte do acordo de encomenda tecnológica com o laboratório internacional. Outros 522,1 milhões serão utilizados para otimizar as estruturas de Bio-Manguinhos, laboratórios da Fiocruz responsáveis pela produção de imunobiológicos. O documento, cabe ressaltar, ainda não é o contrato final de cooperação entre as partes. Este têm previsão de assinatura para o próximo dia 15.

    Continua após a publicidade

    ASSINE VEJA

    Os 10 fazendeiros que mais desmatam a Amazônia
    Os 10 fazendeiros que mais desmatam a Amazônia Leia em VEJA: Levantamento exclusivo revela os campeões da destruição. Mais: as mudanças do cotidiano na vida pós-pandemia ()
    Clique e Assine

    Independente da comprovação da eficácia do fármaco, a Fiocruz receberá a partir de dezembro os lotes dos “ingredientes’, por assim dizer, necessários para a produção da vacina. Serão recebidos materiais suficientes para produzir 15 milhões de vacinas em dezembro deste ano e mais 15 milhões em janeiro de 2021. Os outros 70 milhões de imunizantes devem ter o insumo enviado ao Brasil ao longo do primeiro semestre de 2021.

    A estimativa da entidade é de envolver todos os cerca de 1.700 funcionários de Bio-Manguinhos na produção da vacina contra o novo coronavírus.  Deste modo, a Fiocruz consegue manter ativa também a produção de outros imunizantes fundamentais para população brasileira, como o de febre amarela e sarampo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

    a partir de 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.