Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Pesquisa desvenda o papel da genética no tabagismo e alcoolismo

O estudo analisou o genoma de mais de 3,4 milhões de pessoas com ascendência africana, americana, oriental e europeia

Por Diego Alejandro
8 dez 2022, 18h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Embora o tabagismo e o alcoolismo sejam influenciados por fatores ambientais e sociais, sabia-se que a genética tinha papel importante. Agora, descobriu-se que ele é enorme. Mais de 3,5 mil variações genéticas associadas ao tabagismo e ao alcoolismo foram identificadas em um estudo envolvendo cerca de 3,4 milhões de pessoas com ascendência africana, americana, oriental e europeia.

    As descobertas, publicadas na última edição da revista científica Nature, também destacam como o aumento do tamanho da amostra e da diversidade étnica melhora o poder dessas análises de triagem do genoma. Esse tipo de abordagem extensa é chamada de Estudos de Associação Ampla do Genoma (GWASs), e revela como vários traços estão ligados a genes, combinações ou mutações em várias populações.

    Mas isso não fica só no papel. “Estamos em um estágio em que as descobertas genéticas estão sendo traduzidas em aplicações clínicas”, diz o coautor do estudo Dajiang Liu, geneticista estatístico da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos. “Se pudermos prever o risco de alguém desenvolver dependência de nicotina ou álcool usando essas informações, podemos intervir precocemente e potencialmente prevenir muitas mortes.”

    Nas Américas, cerca de 85 mil mortes a cada ano são 100% atribuídas ao consumo de álcool, constatou uma investigação da Organização Pan-Americana da Saúde. Já o tabagismo, somente no Brasil, causou mais de 161 mil óbitos no ano de 2020.

    Os cientistas usam GWASs para encontrar conexões genéticas entre doenças e comportamentos, comparando sequências genéticas em um grande número de pessoas. Mas, até agora, a maioria desses estudos se concentrou em populações europeias. Liu e seus colegas construíram um modelo que incorporou os dados genômicos de 3,4 milhões de pessoas, 21% das quais tinham ascendência não europeia.

    Continua após a publicidade

    Eles identificaram 3.823 variantes genéticas associadas a comportamentos de fumar ou beber. Destes, 39 estavam relacionados com tendência a tabagismo precoce, 243 com o número de cigarros fumados por dia e 849 com o número de bebidas alcoólicas consumidas por semana. Do total de variantes identificadas, 721 foram captadas apenas pelo GWAS multiancestral, e não por um modelo de ancestralidade comum que os autores usaram para comparação. Isso sugere que amostras populacionais grandes e diversas aumentam significativamente o poder de tais estudos.

    Entretanto, mais estudos devem ser empregados na área, principalmente, para descobrir qual é a influencia do ambiente nesses vícios, além de expandir para outras populações e geografias. “Em fases futuras do estudo, receberemos colaborações de outros investigadores que tenham acesso a conjuntos de dados adicionais para expandir ainda mais nossos estudos”, conclui Liu.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.