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Pílula tripla para hipertensão em teste diminui pressão arterial em 12 semanas

Estudo brasileiro mostrou eficácia de droga experimental para controle da pressão alta; proposta é tendência e facilita a adesão

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 ago 2025, 12h00 - Publicado em 30 ago 2025, 12h00

MADRI* – No tratamento da hipertensão, a adesão dos pacientes é um desafio para o controle da doença que afeta 27,9% dos brasileiros e pode levar a sérias complicações cardiovasculares. A dificuldade é fazer com que os pacientes tomem todo os medicamentos de acordo com a prescrição — sem esquecer nem abandonar os remédios –. Neste contexto, há uma tendência de desenvolvimento de propostas que reúnem mais de uma molécula em apenas uma pílula. Um comprimido triplo brasileiro em estudo é um exemplo e teve resultados animadores por reduzir a pressão arterial dos participantes em apenas 12 semanas. Os achados do ensaio realizado por pesquisadores do Einstein Hospital Israelita foram apresentados na reunião anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês), evento que reúne mais de 30 mil especialistas em Madri, na Espanha.

No estudo, os pesquisadores compararam uma nova formulação que combina os princípios ativos candesartana cilexetil 16 mg, clortalidona 12,5 mg e anlodipino 5 mg, desenvolvida pela farmacêutica brasileira Libbs, com um medicamento já aprovado e em uso, inclusive no Brasil, que reúne três moléculas de classes semelhantes (valsartana 160 mg, hidroclorotiazida 12,5 mg e anlodipino 5 mg).

Durante 12 semanas, 703 pacientes, dos quais 62,7% eram mulheres, distribuídos em 19 centros clínicos foram acompanhados pelos pesquisadores. Inicialmente, a média da pressão arterial deles era de 15 por 9 e a ideia era verificar a eficácia da nova proposta medicamentosa para redução da pressão em pessoas em tratamento com dois remédios, mas que continuavam sem controle da hipertensão.

“O objetivo era avaliar se essa nova opção inovadora de tratamento seria capaz de reduzir mais a pressão arterial sistólica que o comparador e, se poderíamos ter uma alternativa de tratamento eficaz e segura para pacientes com hipertensão”, disse, em comunicado, Vivienne Carduz Castilho, gerente de Ciências Médicas da Libbs. A pressão sistólica corresponde ao valor mais alto e está ligada ao movimento de contração do coração.

“A gente queria saber se a pílula tripla era não inferior à combinação em uso e o desfecho foi de que a pressão caiu em 12 semanas, o que é importante para os pacientes com hipertensão. A queda tem de ser rápida”, explica a cardiologista Patrícia Guimarães, pesquisadora do Einstein Hospital Israelita que acompanha o evento da ESC.

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De acordo com a pesquisa, a pressão dos participantes que receberam a droga em teste caiu de 15 por 9 para 13 por 8. “É um resultado que valida a molécula.” Os achados também foram publicados no Journal of the American College of Cardiology.

A comprovação de segurança e eficácia de um tratamento em teste é um passo fundamental para submissão de qualquer medicamento a agências regulatórias. Após análise, a droga pode ou não ser liberada para o uso.

Riscos da hipertensão

Também chamada de pressão alta, a hipertensão é uma doença crônica silenciosa que se caracteriza pela elevação da pressão do sangue nas artérias e que pode desencadear problemas como AVC, infarto, insuficiência renal e cardíaca, além de levar à morte.

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Ela é uma condição perigosa por não causar sintomas alarmantes, sendo notada apenas quando ocorre um pico. Nessas situações, as pessoas podem apresentar dores de cabeça, tontura, dores no peito, visão embaçada e sangramento nasal.

O tratamento é feito com medicamentos, mas é necessário mudar o estilo de vida, adotando alimentação saudável, prática de exercícios e redução de sal e alimentos ultraprocessados. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a doença mata 388 pessoas por dia.

*A repórter viajou a convite da Novo Nordisk

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