Pesquisadores da Edith Cowan University (ECU), na Austrália, sugerem que viajar pode ser uma opção interessante para auxiliar no tratamento das demências, das quais a Doença de Alzheimer é a principal. Publicado no periódico Tourism Management ((https://dx.doi.org/10.1016/j.tourman.2022.104556), o trabalho reuniu uma equipe de pesquisadores especialistas em turismo, saúde pública e marketing para investigar como o turismo poderia beneficiar a saúde de pessoas com demência. O estudo é um dos primeiros a propor a discussão conceitual a respeito do tema.
“Médicos podem recomendar tratamentos para demência como musicoterapia, exercícios, estimulação cognitiva, terapia de reminiscência, estimulação sensorial e adaptações às refeições e ao ambiente do paciente. Tudo isso também é encontrado com frequência durante as férias”, disse Jun Wen, principal pesquisador do estudo.
Segundo Wen, as diferentes atividades associadas às viagens turísticas podem ser incorporadas ao tratamento de doença, em especial aquelas que promovem estímulos cognitivos e sensoriais.
Para o pesquisador, o impacto da Covid-19 nas viagens trouxe questionamentos sobre o valor do turismo não apenas como uma questão de estilo de vida ou condições econômicas. Tendo em vista o aumento do bem-estar físico e psicológico que a atividade proporciona, Wen acredita ser um bom momento para repensar o papel que o turismo desempenha na sociedade moderna.