Desde a primeira vez que o novo coronavírus foi identificado em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, muitas suspeitas foram levantadas de que o mercado de animais vivos de Huanan seria o berço da Covid-19, doença que se espalhou pelo mundo e matou quase 7 milhões de pessoas.
Agora, dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Chinados, referentes aos primeiros dias da pandemia, trouxeram informações cruciais sobre as origens do surto. Encontradas e analisadas por uma equipe internacional de cientistas, no entanto, elas não estão mais disponíveis no banco de dados internacional Gisaid.
Entre essas informações, os pesquisadores acharam sequências do vírus SARS-CoV-2 e dados genômicos adicionais baseados em amostras retiradas de um mercado de animais vivos em Wuhan em 2020. Os exemplares apontaram que cães-guaxinins, nativos do extremo-leste asiático, e outros animais suscetíveis ao coronavírus estavam presentes no mercado e podem ter sido infectados, fornecendo uma nova pista na cadeia de transmissão que acabou atingindo os humanos. “Isso aumenta o corpo de evidências que identifica o mercado de Huanan como o local de propagação do SARS-CoV-2 e o epicentro da pandemia de Covid-19”, descreve o relatório.
Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram na semana passada que as informações não são conclusivas, mas representam uma nova pista na investigação sobre as origens do coronavírus e que deveriam ter sido compartilhadas imediatamente.
A agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para a saúde disse anteriormente que todas as hipóteses para as origens do SARS-CoV-2 permanecem sobre a mesa, incluindo a que o vírus teria surgido de um laboratório de alta segurança em Wuhan que estuda patógenos perigosos.