Leva apenas dez minutos para uma nova tomografia computadorizada detectar pequenos nódulos em uma glândula hormonal e removê-los como forma de controlar a hipertensão.
A pesquisa, liderada por médicos da Queen Mary University, Barts Hospital e Cambridge University Hospital, no Reino Unido, foi publicada na Nature Medicine. Ela incluiu 128 participantes cuja hipertensão – ou pressão alta – era causada por um hormônio esteroide, a aldosterona.
O novo exame descobriu que em dois terços dos pacientes, a secreção de aldosterona vem de um nódulo benigno em uma das glândulas supra-renais, que pode ser removido com segurança. A varredura usa uma dose muito curta de metomidato, um corante radioativo que adere apenas ao nódulo produtor de aldosterona. “Essas lesões são muito pequenas e facilmente ignoradas em uma tomografia computadorizada regular”, diz o professor Morris Brown, co-autor do estudo e professor de hipertensão endócrina na Queen Mary University.
“Quando eles brilham por alguns minutos após a injeção, revelam-se como a causa óbvia da hipertensão, que muitas vezes pode ser controlada. Até agora, 99% das pessoas nunca foram diagnosticadas devido à dificuldade e indisponibilidade de exames. Espero que isso esteja prestes a mudar”, acrescenta.
A aldosterona ajuda a regular a pressão sanguínea controlando os níveis de sódio (sal) e potássio no sangue. O aumento de sódio na corrente sanguínea causa retenção hídrica, e isso aumenta o volume sanguíneo e, consequentemente, a pressão arterial.
O aldosteronismo é a causa mais comum de hipertensão, correspondendo a 5 a 14% de todos os casos. A condição também causa 20-25% dos casos de hipertensão resistente ao tratamento.