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Semaglutida no tratamento do Alzheimer: anunciados os resultados dos primeiros estudos

Depois de indícios de efeito protetor para o cérebro, cientistas testaram comprimidos da medicação do Ozempic em pacientes com a doença

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 nov 2025, 15h41 - Publicado em 25 nov 2025, 15h13

Uma das maiores esperanças de ampliar o tratamento do Alzheimer, a semaglutida, princípio ativo de Ozempic, Wegovy e Rybelsus, não foi bem-sucedida nos primeiros estudos em pacientes com comprometimento cognitivo e fase inicial da doença neurodegenerativa.

A Novo Nordisk anunciou, de forma preliminar, os resultados dos ensaios clínicos que avaliaram objetivamente o potencial de comprimidos de semaglutida (na formulação do Rybelsus) diante da principal causa de demência da atualidade. E não houve “redução estatisticamente significativa na progressão da doença”, segundo comunicado da farmacêutica dinamarquesa.

Os dados, que serão apresentados na íntegra na próxima conferência internacional focada em Alzheimer, nos Estados Unidos, foram parcialmente apresentados pelo laboratório. A segurança e a eficácia da semaglutida via oral, hoje aprovada para o controle do diabetes, foram analisadas em duas pesquisas com um total de 3 808 pacientes – a medicação foi comparada com o placebo, cápsulas sem princípio ativo de fato.

A Novo Nordisk apostava nessa nova indicação da droga após constatar, tanto em evidências de mundo real como em testes laboratoriais, que o análogo de GLP-1 teria um impacto neuroprotetor. Uma das hipóteses é que ele poderia resguardar os neurônios do Alzheimer contendo a inflamação no cérebro.

“Embora o tratamento com semaglutida tenha resultado em melhora dos biomarcadores relacionados à doença de Alzheimer em ambos os ensaios clínicos, isso não se traduziu em retardar a progressão da doença”, afirmou a empresa em nota pública.

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A semaglutida em comprimido, administrada a pacientes de 55 a 85 anos, demonstrou bom perfil de segurança e tolerabilidade. No entanto, a eficácia abaixo do esperado fez com que o fabricante anunciasse a descontinuação das pesquisas com o Rybelsus para o Alzheimer. Outras formulações, isoladas ou junto a outros tratamentos, contudo, podem ser testadas futuramente.

“Temos orgulho de ter conduzido dois ensaios bem controlados, que atendem aos mais altos padrões e metodologia rigorosa”, disse Martin Holst Lange, diretor científico e vice-presidente executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Novo Nordisk. “E agradecemos sinceramente a todos os participantes e seus cuidadores por suas valiosas contribuições.”

Repercussão

“Ainda que esses estudos não tenham demonstrado a eficácia esperada para o Alzheimer, eles comprovaram a segurança da semaglutida numa população mais idosa e fragilizada, o que é importante se considerarmos que esse público está exposto a diabetes e problemas cardiovasculares, doenças que são mitigadas com essa classe de medicamentos e são associadas ao declínio cognitivo”, comenta o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, pesquisador da USP de Ribeirão Preto.

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Apesar da notícia frustrante, que repercutiu nas ações da empresa dinamarquesa na bolsa de valores, é assim que a ciência caminha. Testando, descartando o que não é seguro ou não funciona direito e promovendo e levando à sociedade aquilo que passou realmente nas provas.

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