SP tem mais de 3.000 mortos por coronavírus e declara luto oficial
Estado registra total de 3.045 mortes e 37.853 casos confirmados de Covid-19
Por Redação
Atualizado em 7 Maio 2020, 12h01 - Publicado em 6 Maio 2020, 15h02
Nesta quarta-feira, 6, São Paulo confirmou o total de 3.045 óbitos e 37.853 casos de infecção por coronavírus no estado. Os números representam um aumento de 10% nos casos e 7% nas mortes nas últimas 24 horas. O governo paulista decidiu decretar luto oficial a partir de quinta-feira 7. A medida irá vigorar até o fim da epidemia. Neste período, todas as repartições públicas e instituições de ensino deverão manter as bandeiras hasteadas a meio mastro, em homenagem à memória dos mortos pela Covid-19.
“A partir de amanhã, teremos luto oficial em todo o estado de São Paulo. Lamentavelmente, ultrapassamos 3.000 mortos com coronavírus, é o maior volume da história do estado em uma circunstância de menos de 60 dias.”, lamentou o governador João Doria, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta.
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A taxa de ocupação das UTIs no estado é de 67% e na Grande São Paulo, 86%. Cerca de 8.500 pessoas com quadro confirmado ou suspeito de Covid-19 estão internadas em leitos de UTIs ou enfermaria no estado. “Precisamos tomar cuidado pois estamos brincando com a sorte”, disse o secretário de estado da Saúde José Henrique Germann.
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Os índices são preocupantes pois o coronavírus está se espalhando para cidades do interior de São Paulo. Segundo o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, foram feitas 122 solicitações de transferência de pacientes de cidades do interior do estado para o hospital de campanha do Complexo do Ibirapuera. “Há um afluxo de pacientes de outros municípios, processionando o sistema do município de São Paulo”, alertou Uip.
Baixo índice de isolamento social
A taxa de isolamento social permaneceu em 47% no estado de São Paulo e 48% na capital paulista na terça-feira, segundo Doria. Esses índices também foram relatados na segunda-feira 4. De acordo com o governador João Doria, em ambos os casos, a taxa está bem abaixo da média mínima desejada.
Segundo Uip, houve uma aceleração da velocidade da epidemia no estado e o achatamento da curva depende de um insolamento mínimo de 55%. “Nós estamos vendo de um lado uma frouxidão do sistema de isolamento e de outro lado a necessidade, pela quantidade de infectados, de aumentarmos a taxa de isolamento. A única arma que nós temos é o isolamento social. Nós não temos medicamentos, nós não temos vacinas e nem teremos a curto prazo, então é absolutamente fundamental que a população continue se sacrificando. Neste momento é necessário e é a única alternativa”, disse Uip.
Doria voltou a alertar que não haverá flexibilização do isolamento, marcada para começar em 11 de maio, se a taxa não subir para 55%.
As pistas do governo Lula sobre cortes de gastos e entrevista com André Perfeito
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 12. Os integrantes do governo Lula estão dando algumas pistas sobre o famigerado pacote de cortes de gastos que chegou a terceira semana de discussão. Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que vai apoiar as propostas e que existe um total alinhamento dentro do governo em relação ao assunto. Já Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, afirmou que a eficiência e o combate a fraudes em programas sociais já fizeram as despesas previstas de 175 bilhões este ano caírem para 168 bilhões — podendo chegar a 166 bilhões em 2025. O presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTv que vai “vencer” o mercado e que “eles falam muita bobagem”. O fato é que o setor público voltou a registrar um déficit de pouco mais de 7 bilhões de reais em setembro. O clima na Faria Lima não é dos melhores. O Ibovespa ficou estagnado e o dólar subiu para os 5,76 reais. Um curioso “efeito Trump” tem interferido nos mercados. O bitcoin ultrapassou a marca dos 82 mil dólares e bateu sua nova máxima história diante impulsionado pelo apoio do presidente eleito aos ativos digitais e pela expectativa de um Congresso composto por legisladores favoráveis ao setor cripto. Já os analistas do UBS-BB cortaram as recomendações para as ações da mineradora Vale diante de um enfraquecimento nos preços do minério de ferro por causa das prováveis retaliações que a China deve sofrer dos EUA no governo Trump. Diego Gimenes entrevista o economista André Perfeito.
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