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Suor excessivo: uma vida afetada pelo constrangimento

Muitas pessoas não procuram ajuda médica para tratar da hiperidrose por vergonha ou por desconhecerem opções de tratamento

Por CONTEÚDO PUBLICITÁRIO
27 nov 2020, 11h00
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    Suar é normal – e importante, porque ajuda a regular a temperatura do organismo. Mas, segundo a Sociedade Internacional de Hiperidrose, para aproximadamente 400 milhões de pessoas no mundo, o suor é motivo de constrangimento. Elas sofrem de hiperidrose, expressão que significa muita (“hiper”) produção e excreção de suor (“hidrose”).

    Enquanto que a maior parte das pessoas transpira mais em dias de calor; em situações de nervosismo, como quando é preciso falar em público; ou durante a prática de exercícios físicos, para os portadores de hiperidrose o suor aparece em excesso mesmo sem motivo aparente. A transpiração acima do normal pode acontecer em qualquer área do corpo com glândulas sudoríparas, incluindo mãos, axilas, pés, rosto, couro cabeludo, a região pubiana e a área sob as mamas. Em muitos casos, essa condição pode atingir o corpo todo, simultaneamente.

    O problema chega a prejudicar a rotina dos pacientes, que podem até mesmo desenvolver quadros de ansiedade em situações de convívio social. Para evitar constrangimentos, as pessoas com hiperidrose muitas vezes optam por adotar uma vida mais caseira. 

    Além do suor evidente, a doença pode deixar roupas molhadas e amareladas ou, ainda mais grave, impedir atividades básicas como segurar uma caneta com firmeza ou andar de mãos dadas com alguém, por medo do incômodo provocado pela transpiração nas palmas das mãos. “O fator emocional é muito importante. A pessoa passa a evitar situações que possam disparar o suor excessivo. Muitos têm o problema e não sabem que existe um tratamento simples, seguro e eficaz”, explica o dermatologista Nuno Osório (CRM 56771). 

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    Tratamento seguro

    A hiperidrose pode ser tratada com uma opção pouco invasiva: a toxina botulínica A. Trata-se de um medicamento mundialmente reconhecido e utilizado para fins terapêuticos e estéticos, aprovado há mais de dez anos no Brasil. 

    Quando injetada nas axilas, por exemplo, a substância bloqueia a passagem do estímulo que provoca a produção excessiva de suor. “A aplicação é realizada dentro do próprio consultório. Em muitos casos, o paciente identifica a eficácia do tratamento, fica menos ansioso com a possibilidade de suar em excesso e passa naturalmente a transpirar menos, mesmo depois que o efeito do tratamento passou”, afirma o dermatologista.

    O efeito é percebido nos primeiros dias após a injeção e a redução visível do suor pode chegar a 94% já no primeiro mês. A solução, simples e eficiente, tem duração média de nove meses a um ano. “É uma medicação bem conhecida e de risco baixo”, ressalta Osório.

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    A outra alternativa, a opção cirúrgica, é mais invasiva. Ela tem por objetivo barrar a ação dos gânglios simpáticos, responsáveis por estimular as glândulas de suor. Mas nem sempre resolve o problema por completo. “Muitas vezes, o paciente que passou por cirurgia sofre hiperidrose compensatória. Ou seja, deixa de suar em uma parte do corpo, como as axilas, porém passa a suar mais em outra: as costas, por exemplo”, informa o especialista.

    Vale lembrar que a avaliação médica é essencial para a correta identificação da doença e introdução do tratamento adequado em cada região. No caso do uso da toxina botulínica A, as aplicações devem sempre ser feitas por um profissional da saúde.

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