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Remédio que previne a aids é aprovado para adolescentes

Nos Estados Unidos, o Truvada já vem sendo utilizado pelos adultos desde 2012. No Brasil, a aprovação foi em 2017

Por Letícia Passos
Atualizado em 4 jun 2024, 17h01 - Publicado em 4 jun 2018, 18h33
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  • A Food and Drug Adminstration (FDA), agência responsável pela monitoramento de remédios nos Estados Unidos, aprovou nova indicação do uso do Truvada, medicamento usado como tratamento preventivo contra o HIV. Agora a medicação também pode ser utilizada por pessoas menores de 18 anos para reduzir o risco de HIV-1 – tipo mais comum da doença. O tratamento deve ser associado a outras formas de prevenção, como o uso de camisinha. 

    O Truvada, que combina os antirretrovirais tenofovir e emtricitabitina, foi aprovado como medicação para profilaxia pré-exposição (PrEP) – em que há risco de contaminação – em 2012; inicialmente para adultos acima de 18 anos dentro do grupo de risco, que incluem casais gays, travestis e transsexuais, profissionais do sexo, e casais sorodiscordantes (em que apenas um possui o vírus). No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu o uso preventivo para HIV-1 em maio do ano passado. 

    O tratamento funciona como bloqueio contra a entrada do vírus HIV no DNA das células de defesa do organismo, impedindo que se replique. A taxa de eficácia é de até 99%, segundo os estudos clínicos, desde que tomado corretamente. A indicação é de um comprimido, uma vez ao dia, que deve ser ingerido regularmente, sem interrupções.

    Uso para adolescentes

    A nova indicação aconteceu com base em um ensaio clínico (ATN113) realizados em indivíduos HIV-negativos – que não possuem a doença -, entre 15 e 17 anos, com mais de 35 quilos.  No estudo, 61 jovens do sexo masculino não diagnosticados com HIV-1 que mantinham relações sexuais com homens receberam o remédio uma vez por dia para PrEP.

    Os resultados da pesquisa demonstraram que o Truvada também é eficiente no tratamento em adolescentes vulneráveis a doença. De acordo com os pesquisadores, esta aprovação oferece uma nova ferramenta para ajudar os profissionais de saúde a diminuir a incidência do HIV em populações mais jovens.

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    Assim como nos estudos anteriores, realizados em adultos, algumas reações adversas foram observadas, como dores de cabeça, dores abdominais e perda de peso. Além disso, quatro participantes apresentaram redução da densidade óssea ao longo das 48 semanas de realização do estudo: três adolescentes tiveram uma redução modesta e um teve declínio maior do que 4% na semana 24.

    Distribuição no SUS

    No início de fevereiro, o governo estadual de São Paulo passou a oferecer o Truvada no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a nota, o modelo de prevenção é indicado para os grupos de risco que tenham tido relações sexuais sem uso de preservativo nos últimos seis meses.

    O governo ainda prevê a distribuição para pessoas com com episódios recorrentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), ou que tenham usado repetidamente medicamentos de profilaxia pós-exposição (PEP). Já os casais sorodiscordantes podem receber a medicação no caso de terem feito ou mantenham relações sexuais sem uso de preservativos.

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    Para receber o Truvada, o indivíduo deve comparecer à unidade de referência e passar por avaliação para critérios de elegibilidade, incluindo a realização de teste rápido para diagnóstico de HIV. O tratamento será acompanhado pela equipe de saúde da unidade de referência. Os usuários devem retornar à unidade depois de trinta dias do início do tratamento; depois, o retorno deve acontecer a cada três meses.

    Recomendações

    Segundo a Anvisa, antes de iniciar o tratamento preventivo é necessário que o indivíduo faça o teste de HIV e receba o resultado negativo, que deve ser confirmado a cada três meses. Isso porque, em caso de infecção precoce, o uso do Truvada pode permitir que o vírus desenvolva resistência a medicações.

    Além disso, o medicamento deve ser utilizado diariamente, conforme recomendação, junto com outras ferramentas de prevenção, como preservativos, uma vez que o Truvada não previne outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).

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