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Três crianças são diagnosticadas com monkeypox na capital paulista

Segundo Secretaria Municipal da Saúde, pacientes pediátricos estão sendo monitorados e não têm sinais de agravamento

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2022, 14h23 - Publicado em 29 jul 2022, 12h59

Três crianças foram diagnosticadas com monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, elas estão em monitoramento e “sem sinais de agravamento”. A pasta informou que instituiu protocolos para as redes pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos desde os primeiros alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doença.

Até o momento, foram divulgados três casos da doença em crianças em outros países. Dois foram detectados nos Estados Unidos e divulgados pela diretora do CDC Rochelle Walensky na última sexta-feira, 22. O rastreamento apontou ligação com indivíduos da comunidade de homens que fazem sexo com homens. Segundo ela, as crianças estavam bem.

Outro episódio foi de uma criança com menos de 10 anos diagnosticada no fim de junho na Holanda. Ela apresentou mais de 20 lesões na cabeça, dorso, coxas e antebraços. As vesículas apareceram na criança após uma viagem de uma semana para a Turquia e a possibilidade de abuso sexual foi descartada por uma bateria de exames. A fonte da infecção não foi identificada, porque os pais e dois irmãos da criança testaram negativo para a doença.

Nesta sexta-feira, 29, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte pela doença no Brasil. O paciente, de 41 anos, era do sexo masculino e imunossuprimido. Ele era diagnosticado com linfoma e morreu em Belo Horizonte (BH).

A varíola dos macacos foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela OMS e contabiliza 21.067 casos no mundo, dos quais 978 foram registrados no Brasil.

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Monkeypox

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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