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Três vezes por semana – essa é a frequência sexual do brasileiro

Mas, se pudessem, homens e mulheres gostariam que o número fosse maior: a expectativa média é de 5,5 relações por semana

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2024, 00h42 - Publicado em 9 jun 2016, 19h18

A frequência sexual dos brasileiros é de, em média, 2,9 relações por semana. Mas, se pudessem, homens e mulheres gostariam que esse número fosse quase o dobro: a expectativa média é de 5,5 relações por semana. Ainda de acordo com a pesquisa Mosaico 2.0, os homens têm mais relações sexuais semanais do que as mulheres: 3,15 contra 2,65. As expectativas também são mais altas na ala masculina: homens gostariam de ter em média 6,48 relações por semana e elas, 4,58.

Apesar dos resultados, Carmita Abdo, responsável pela pesquisa e coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, afirma que a frequência sexual está diretamente relacionada com a faixa etária e estado civil das pessoas. Entre os jovens, por exemplo, essa frequência pode ser ainda menor, não por falta de vontade e nem de tempo, mas pela ausência de um local adequado ou das condições econômicas necessárias. Já os adultos em relações estáveis têm o lugar e a vontade, mas podem desanimar por causa excesso de trabalho, preocupações com o orçamento doméstico e os filhos. Já na terceira idade, as principais dificuldades estão relacionadas ao envelhecimento.

O levantamento, que é uma atualização da pesquisa Mosaico Brasil, realizada em 2008, revelou ainda que 9% dos brasileiros entre 18 e 70 anos não fazem sexo: 7% são mulheres e 2% homens.

Número de parceiros

O estudo mostrou que os homens têm mais parceiros sexuais do que as mulheres. Questionados sobre o número de parceiros nos últimos 12 meses, os homens relataram ter tido em média 2,12 parceiros e as mulheres, 1,27.

Enquanto 2,9% dos homens disseram ter feito sexo com cinco pessoas no último ano, isso aconteceu com apenas 0,9% das mulheres. De acordo com Carmita, houve uma mudança perceptível no comportamento das mulheres comparação com 2008. No levantamento atual, 57,1% das mulheres disseram que fariam sexo com alguém só por atração, contra 43% em 2008. No caso dos homens, 76,4% fizeram essa afirmação.

“Acredito que a mudança de comportamento das mulheres que estamos vendo hoje seja resultado da pílula anticoncepcional e de outras revoluções que permitiram maior liberdade à mulher.”, afirma Carmita.

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Início da vida sexual

A idade média de início da vida sexual é 16,97 anos para os homens e 18,48 para as mulheres. A iniciação sexual antes dos 14 anos foi relatada por 13,6% dos entrevistados. Por outro lado, 4,5% das pessoas tiveram a primeira relação sexual entre 25 e 35 anos.

Quanto ao parceiro, a maioria das mulheres (75,5%) disse ter iniciado a vida sexual com um namorado. Entre os homens, apenas 40,8% afirmaram o mesmo.

Sobre expectativas, a primeira vez foi mais frustrante para as mulheres do que para os homens. Para 47,8% das mulheres, a primeira relação sexual foi pior do que imaginavam ou foi muito ruim. O mesmo vale para 25,5% dos homens. Já para 22,4% deles o acontecimento foi melhor do que esperavam. O mesmo aconteceu para 9,9% delas.

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Principais preocupações

A principal preocupação dos homens em relação ao sexo é não satisfazer a parceira. Já para as mulheres, é pegar uma doença sexualmente transmissível (DST) –  a segunda maior preocupação masculina. O grande problema é que, apesar disso, o uso do preservativo – única forma de prevenção – ainda é frequentemente negligenciado: apenas 27,9% dos participantes afirmou usar preservativo em todas as relações.

“É bom saber que as mulheres estão preocupadas com a saúde, mas é preocupante ver que, apesar disso, o índice de uso do preservativo continua baixo.”, ressalta a coordenadora.

Dificuldades sexuais

As disfunções sexuais são frequentes entre os brasileiros. Mais de um terço dos homens relataram dificuldades para ter e manter uma ereção. A dificuldade de controlar a ejaculação também apareceu para 45,1% deles e o baixo desejo sexual é uma realidade para quase 40% dos homens.

Entre as mulheres chama a atenção a dificuldade para alcançar o orgasmo, condição que afeta quase metade das entrevistadas (43%), de forma leve à grave. O problema é mais frequente nas mulheres com idades entre 18 e 40 anos. Do total, 32,5% das mulheres sentem dificuldades em se interessar por sexo, especialmente aquelas entre 26 e 40 anos.

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Sexo ou Amor

A maioria dos entrevistados (56%) disse fazer distinção entre vida afetiva e sexual. Essa percepção é mais acentuada entre os homens (59,7%) do que entre as mulheres (51%). Segundo a pesquisa, 47,7% das pessoas declararam estar realizadas em ambas as esferas. Analisando isoladamente os fatores, tanto sexualmente como afetivamente, os homens estão mais realizados do que as mulheres: 50,8% contra 44,4%.

“Muitas mulheres temem julgamentos relacionados a certos comportamentos sexuais, o que faz com que elas limitem o próprio prazer. Não é tão fácil nem tão rápido se libertar de padrões anteriormente impostos”, comenta a pesquisadora.

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