Vacina da Pfizer mostra forte resposta contra nova sublinhagem da ômicron
Adultos com 55 anos ou mais produziram nove vezes mais anticorpos neutralizantes contra o vírus após o imunizante
A versão atualizada da vacina da Pfizer/BioNTech gerou uma resposta imunológica mais robusta contra a sublinhagem da ômicron, a BQ.1.1, quando comparada ao imunizante original, segundo nota divulgada pelas farmacêuticas nesta sexta-feira, 18. A subvariante conhecida como Cérbero tem sido associada ao aumento de casos de Covid-19 em diversos países, como Itália, Estados Unidos e Brasil.
Vacinas atualizadas estão em desenvolvimento desde o início do ano e um dos motivos é porque populações vulneráveis ao vírus ainda correm muito risco. E foi justamente nessa faixa que o imunizante bivalente se mostrou mais potente. Os níveis de anticorpos contra a variante aumentaram quase nove vezes em adultos mais velhos, com 55 anos ou mais, que receberam a vacina contra ômicron. Para comparação, os voluntários da mesma faixa etária que receberam a versão original do imunizante tiveram um aumento da produção de anticorpos de aproximadamente duas vezes.
A injeção bivalente também produziu uma resposta imune contra as subvariantes ômicron encontradas recentemente, incluindo a BA.4.6, BA.2.75.2 e XBB.1.
Tem no Brasil?
A vacina atualizada da Pfizer já é aplicada nos Estados Unidos, Canadá e na Europa como dose de reforço, entretanto, no Brasil, ela ainda não foi aprovada. A farmacêutica pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial de duas fórmulas adaptadas contra a ômicron, mas a análise ainda está tramitando. O Mistério da Saúde ainda usa a versão original, mas garante que o atual contrato com os fornecedores contempla a entrega de vacinas com cepas atualizadas, desde que aprovadas.
De acordo com a Anvisa, a análise do pedido de uso emergencial está na área técnica. O passo seguinte é a deliberação dos diretores da agência.