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Veja o que pode mudar se Anvisa aprovar novas regras para venda de Ozempic e similares

Apreciação da proposta regulatória aconteceria nesta segunda, 17, mas foi adiada

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 mar 2025, 15h36

Estava marcada para esta segunda-feira, 17, a apreciação, pela Anvisa, de novas regras para a venda de inibidores de apetite. A avaliação foi adiada, mas a expectativa para implementação de critérios mais rígidos de comercialização de medicamentos como o Ozempic e o Mounjaro permanecem altas. 

A principal medida esperada é a necessidade de retenção da receita para a venda dos medicamentos amplamente utilizados para emagrecimento e controle da diabetes. A mudança visa um melhor monitoramento e uma diminuição dos desvios. “A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia entende como uma medida muito positiva pois dificultará a automedicação”, disse a VEJA o presidente da entidade médica, Neuton Dornelas. 

Ele afirma, contudo, que o novo regramento, caso aprovado, seja implementado com responsabilidade. Isso se faz necessário porque a diabetes e a obesidade são doenças crônicas e seus tratamentos costumam ocorrer a longo prazo. Por esse motivo, é preciso que o prazo para aquisição da droga após a prescrição e o período de validade da receita levem esses fatores em consideração. “Se esses tempos forem muito restritos, poderá haver prejuízo para a saúde dos pacientes”, explica Dornelas. 

+‘Redefinimos a visão da obesidade’, diz ‘pai’ do Ozempic

Segundo blog do Lauro Jardim, no O Globo, o diretor-substituto da Anvisa, Rômison Mota, disse necessitar de “aprofundamento técnico adicional” para apreciação da proposta regulatória. 

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Por que mudar as regras para a venda de Ozempic e similares?

O medicamento foi primeiramente desenvolvido para o tratamento da diabetes, mas logo que seu benefício para o emagrecimento ficou evidente, as vendas aumentaram exponencialmente. Os motivos por trás disso são inúmeros e muito se deve à alta eficácia da droga em tratar essas condições, mas os casos de automedicação e prescrição inadequadas tiveram um peso importante. 

O uso para fins estéticos foi o mais preocupante. “Podem ocorrer prescrições com esse propósito, mas esse não é o objetivo preconizado pelas sociedades científicas”, afirma Dornelas. “É esperado que haja diminuição de prescrições consideradas inadequadas.”

Isso é importante porque a alta demanda, em especial em função dos usos chamados off-target, levaram a escassez das drogas nas farmácias, o que tem dificultado a aquisição por parte de quem realmente precisa do tratamento. Embora as novas regras possam coibir essa prática, entidades médicas acusam as farmacêuticas de tentativa de adiar a implementação das novas diretrizes. 

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A Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade, por exemplo, acusa a Novo Nordisk, responsável pela produção do Ozempic e do Wegovy, de lobby para adiar a aprovação das novas regras. Em ação civil pública, a entidade exige que a venda desses medicamentos no Brasil seja feita apenas com retenção de prescrição médica controlada, além de acusar a empresa de omissão de informações cruciais de segurança. A empresa nega e diz operar em concordância com a legislação nacional. 

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