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Você fala demais? Eis as dicas para controlar o problema

Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que só é necessário procurar ajuda por "falar demais" quando a prática atrapalha a vida pessoal ou profissional

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2016, 16h51 - Publicado em 21 set 2016, 16h50
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  • Você conhece alguém que fala sem parar? Ou ainda, você se considera uma pessoa que fala demais? Esse hábito, que incomoda quem está ouvindo e até mesmo o próprio tagarela pode ter várias explicações, entre elas a própria personalidade da pessoa, um hábito familiar, carência ou até mesmo ser parte de um distúrbio de ansiedade ou uma mania.

    Mas, como se policiar e quando é necessário procurar ajuda? Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que só é necessário procurar ajuda quando a prática passa a atrapalhar a vida pessoal e/ou profissional da pessoa. Caso contrário, ela mesma pode tentar “falar menos” seguindo as dicas abaixo.

    Para Izaela Pereira, psicóloga da Aliança – Oncologia, a chave para essa questão está no autoconhecimento associado ao autocontrole.  “A fala é um dos principais instrumentos facilitadores de um convívio social e para que seja assim o ponto mais importante o autoconhecimento porque se a gente não se conhece, fica difícil se controlar. Não existem regras para o autocontrole o único jeito é cada um entender como funciona e quais são os seus limites”. Segundo Izaela, em uma conversa é preciso e tomar consciência do que se fala, saber ouvir as outras pessoas, ter foco na conversa, cuidado para não se expor demais e saber o que efetivamente é importante ser dito.

    Andreia Calçada, psicóloga e psicoterapeuta, afirma que o primeiro e mais importante passo é se conscientizar do problema. “A pessoa precisa tomar consciência de que fala em excesso e, a partir disso, entender o que a faz falar demais. Seria excesso de ansiedade?  Alguma situação específica que causa desconforto?”, afirma. Uma dica para isso é anotar em um caderninho situações em que você acha que extrapolou por ter falado muito ou o que não devia. A prática ajuda a se policiar e a começar a pensar antes de “entrar no papo”. Respirar e pensar “isso é válido de ser falado?” também ajuda.

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    A terapeuta familiar e de casal, Marina Vasconcellos, recomenda aos “faladores” observarem os sinais não verbais do ouvinte. “As pessoas mostram sinais corporais de desconforto ou desinteresse como se mexer ou virar o olho quando não estão confortáveis com aquela situação, então prestar atenção nesse sinais pode te ajudar a perceber quando se está falando demais”. Outra dica é pedir para pessoas próximas, seja um amigo, familiar ou companhe “dar um toque” caso você esteja exagerando.

    Já Aline Gomes, psicoterapeuta, chama atenção para outra característica dessas pessoas. “As pessoas que falam demais costumam ser muito divertidas, ser o centro das atenções e ter muitas historias para contar. Elas preenchem os ambientes. Por outro lado, podem ser vistas como pessoas carentes de atenção, com dificuldade de ficar sozinhas”, diz. Neste caso, Aline recomenda tentar aproveitar essa característica a seu favor. “Se você gosta de falar e/ou contar histórias, dedicar-se a atividades como teatro ou escolher um trabalho que exija contato frequente com público pode ser positivo”.

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