Após suspensão do X, usuários relatam melhora na saúde mental, diz pesquisa
Apesar da preocupação em relação à liberdade de expressão, 8 em cada 10 acreditam que plataformas devem respeitar leis nacionais
Um em cada três usuários do X, antigo Twitter, dizem ter percebido uma melhora na saúde mental após a suspensão da plataforma no país. É o que revela uma pesquisa realizada pela Broadminded, unidade de pesquisa da Sherlock Communications.
E a percepção negativa sobre a plataforma já ganhava corpo antes da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A pesquisa falou com 1.405 pessoas de diferentes regiões do país e mostrou que, dos 74% que já utilizaram a plataforma, quase um quinto já havia diminuído o uso devido ao conteúdo desagradável.
Os usuários voltarão a usar o X?
A pesquisa mostra que 51% dos entrevistados utilizavam a plataforma com frequência e que, dos usuários, 38% adotaram uma rede social alternativa, sendo o Threads (22%) e o Bluesky (15%) as principais opções.
Apesar da percepção positiva sobre a saúde mental, 76% dos usuários voltariam para a plataforma caso a suspensão seja revertida, enquanto 15% cravam que não retornarão para o X na eventualidade de desbloqueio. 7% se revelaram felizes ou aliviados com o bloqueio.
Entre as consequências da suspensão, o acesso às notícias parece ser a maior preocupação, já que 68% disseram que se sentiam mais atualizados sobre as notícias do país quando utilizavam a plataforma. 76% concordam que as atualizações chegavam mais rápido por lá.
O que os usuários pensam sobre a decisão do Alexandre de Moraes?
Entre os usuários, 43% disseram não acreditar que a decisão do STF foi justificada, contra 39% que concordam com os Ministros e 18% que não sabem o suficiente sobre o tema. Mais de um terço deles também demonstrou preocupação com a liberdade de expressão ou com o futuro das mídias sociais, enquanto 23% se disseram indiferentes com a decisão.
Apesar da maioria discordar da decisão da corte, há uma percepção de que deveria haver um maior controle. 8 em cada 10 entrevistados acreditam que a plataforma deve respeitar as leis nacionais, enquanto 7 creem que elas têm responsabilidade sobre o conteúdo desinformativo espalhado.