App que cria deepfakes é banido pelo WeChat devido “riscos à segurança”
O aplicativo Zao, que tornou-se viral por colocar o rosto de usuários em cenas famosas, é suspeito de coletar dados pessoais indevidamente
O aplicativo de deepfakes Zao, lançado na sexta-feira 30, na China, rapidamente viu sua popularidade transforma-se em rejeição. Com a capacidade de incluir o rosto de usuários em cenas famosas, ele teve seu acesso restrito pela empresa chinesa WeChat, que verificou riscos de segurança no app.
Assim, o WeChat proibiu o download em seu navegador e o envio de links de convite em seu mensageiro. Ao tentar fazer isso, surge o alerta que a página foi “denunciada várias vezes e contém riscos à segurança”.
Apesar da restrição, ainda é possível compartilhar os vídeos com cenas editadas. Disponível somente na China, o Zao viralizou ao fazer possível ver como seria se tornar o protagonista de um filme de Hollywood usando somente uma selfie.
Mas o rápido interesse pelo Zao despertou preocupações sobre privacidade. Principalmente por se tratar do envio de fotos do rosto. A rede social chinesa Momo, que desenvolveu o Zao, reivindica direitos “gratuitos, irrevogáveis, permanentes, transferíveis e passíveis de royalties” para qualquer conteúdo carregado no aplicativo.
Agora, com a proibição do WeChat, a empresa responsável pelo Zao afirmou que irá reaver suas práticas. “Entendemos completamente as preocupações de todos sobre a questão da privacidade”, afirmou a equipe do Zao na rede social chinesa Weibo. “Estamos cientes do problema e estamos pensando em como resolver os problemas, precisamos de um pouco de tempo”.