A Apple é a mais nova participante da briga pelo mercado de streaming. Sua estreia ocorre hoje (1º), em mais de 100 países, inclusive no Brasil, com o serviço Apple TV+, que já havia sido previamente anunciado, mas que demorava a chegar aos consumidores. No catálogo, nomes como Oprah Winfrey e o produtor J.J. Abrams.
Em ao menos um aspecto, a estratégia parece ser oposta à da Netflix, que possui um extensa biblioteca. A companhia liderada pelo CEO Tim Cook, por sua vez, pretende manter o serviço enxuto.
Um dos principais destaques no lançamento é See , série estrelada por Jason Momoa ( de Aquaman e Game of Thrones). Criada por Steven Knight (de Peaky Blinders) e com os três primeiros dos oito episódios da primeira temporada dirigidos por Francis Lawrence, de Jogos Vorazes, o programa promete ser o maior atrativo do serviço.
Ao custo de 5 dólares por mês nos Estados Unidos, o streaming da Apple é o mais barato do gênero naquele país. No Brasil, a assinatura sai por 9,90 reais. É o mesmo do Amazon Prime, que aglomera o streaming de vídeo junto ao de livros, ao músicas e a frete grátis para entregas. Já o pacote mais barato da Netflix, que tem 8 milhões de assinantes no Brasil, custa 21,90 reais.
Com o preço competitivo, a Apple tenta aproveitar o público de 900 milhões de usuários do iPhone pelo mundo para vender serviços recorrentes e tornar a empresa menos dependente do comércio do celular, em si, e que ainda responde por metade do faturamento. O lançamento do TV+ acontece dias depois de a Apple divulgar uma queda de 9% nas vendas do iPhone no terceiro trimestre.
No segundo trimestre, a queda já havia sido de 12%, e, no primeiro, de 17%. O que segurou o lucro da Apple neste trimestre — apesar da diminuição com o iPhone, a alta geral foi de 1,8% — foram justamente as outras investidas da companhia, como na venda de acessórios e de serviços. Nesses dois campos, houve aumento superior a 20%.