No dia 24 de fevereiro, a Rússia invadiu a Ucrânia no primeiro ataque de um país europeu contra outro desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Em tempos tecnológicos, as armas usadas por ambos os lados do conflito chamam a atenção pela potência e inovação. Com mais de 900 civis assassinados, a guerra comprova a eficácia dos armamentos escolhidos.
No começo da invasão, o principal recurso bélico dos russos foram os mísseis balísticos de precisão de curto alcance. Os Estados Unidos estimam que mais de cem projéteis tenham sido lançados em direção à Ucrânia.
O lançador de mísseis ucraniano, chamado OTR-21 Tochka, também foi usado, ainda que em pequena escala, no começo da guerra. O modelo russo, provavelmente o Iskander-M, é mais moderno, e possui alcance maior. Outros mísseis russos, conhecidos como 3M13 Kalibr, foram lançados do Mar Negro e atingiram a região próxima a Mariupol. Seu alcance é de até 2 500 quilômetros, e a precisão é de 5 metros.
O exército russo também tem usado o lançador de foguetes BM-21. Um batalhão de 18 deles é capaz de atirar 720 foguetes em uma saraivada só. Existe ainda o TOS-1 Buratino, sistema de lançamento de mísseis montado no tanque que dispara foguetes de cima do veículo.
Há boatos de que os russos têm utilizado as chamadas bombas de fragmentação, de uso proibido, capazes de, quando acionadas, liberar diversos projéteis menores e danosos.
No plano terrestre, a Ucrânia tem lançado mão de coquetéis molotov, de barricadas e dos tanques MBT e BMP. Os Estados Unidos e algumas nações europeias enviaram às tropas ucranianas uma arma conhecida como FGM-148 Javelin, específica para atirar mísseis destruidores de tanques a quilômetros de distância. No ar, a Ucrânia apostou no veículo aéreo Bayraktar TB2, uma espécie de drone turco que carrega armas capazes de derrubar alguns tipos de defesa e veículos.
Uma coisa é certa: com o empenho de ambos os lados em vencer a guerra e a tecnologia potente por trás das armas escolhidas, o estrago sendo feito na Ucrânia entrará para a história mundial.