Oferta Relâmpago: 4 revistas pelo preço de uma!

Brincadeira vintage: versão original do The Sims volta ao mercado

A ideia é celebrar os 25 anos do lançamento do produto, um dos jogos mais populares e influentes de todos os tempos

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 fev 2025, 08h00

Em 1991, a região de Oakland, na Califórnia, foi afetada por um dos mais devastadores incêndios já registrados. Durante cerca de quatro dias, as chamas consumiram mais de 3 000 moradias em uma área de 620 hectares. Uma delas pertencia ao desenvolvedor de games Will Wright, na época com 31 anos, que mais tarde usaria o dramático episódio de recomeço forçado como inspiração para um dos mais populares e influentes jogos de todos os tempos. Lançado nove anos depois, The Sims chegou ao mercado com a premissa simples, mas funcional, de permitir que cada jogador construísse os personagens e suas casas e cuidasse das vidas digitais. Virou um fenômeno, vendeu mais de 11 milhões de cópias e manteve um público cativo ao longo dos anos. Agora, retornou em sua versão original, sem alterações, em celebração aos 25 anos do lançamento. A conclusão: em um mundo totalmente plugado, on-line, o carisma clássico ainda é valor de respeito, sempre influente.

The Sims Legacy Collection reúne não apenas o primeiro The Sims, mas também a continuação, The Sims 2, e dezenas de pacotes de expansão que agregaram elementos à diversão. A enorme variedade de cenários, decorações e outras personalizações faz parte do apelo dos games. Mas a grande inteligência foi ter oferecido liberdade ilimitada. The Sims pode significar respostas diferentes para cada uma das pessoas que se aventuraram por suas ruelas. Vale, portanto, a criatividade — eis o segredo. “Quando está dentro do The Sims é o usuário quem constrói o conjunto de regras”, diz Wright. “Dou a ele um brinquedo para que o transforme em jogo.”

SEQUÊNCIA - A versão 4, lançada em 2014: sucessivas atualizações de conteúdos, mas nada como a primeira
SEQUÊNCIA - A versão 4, lançada em 2014: sucessivas atualizações de conteúdos, mas nada como a primeira (//Divulgação)

Da caracterização física dos personagens até a visão progressista sobre relacionamentos sem rótulos ou expectativas de gênero, vários elementos contribuíram para o pioneirismo do The Sims, como se antecipassem o tempo de hoje. Os personagens não falam uma língua específica, mas um idioma próprio, e realizam funções cotidianas com exagero quase teatral, ao estilo de quem deseja aparecer nas redes sociais. “As emoções que podemos obter dos jogos são diferentes das do cinema ou dos livros”, afirma Wright. “Dá para desenvolver temas como orgulho, culpa e trabalho em equipe.” São sentimentos que só fazem sentido estando dentro da história, de modo quase real.

No início, lembre-se, havia outras brincadeiras eletrônicas de imersão, e todas fracassaram. Só The Sims vingou com pompa. Antes de lançá-lo, Wright já era reconhecido como um desenvolvedor talentoso e de grande criatividade. Ele havia criado a série Sim­City, um simulador que punha o jogador no papel de um planejador e administrador de cidades (deu certo, no começo, mas depois perdeu tração). Com o novo simulador, alcançou patamar extraordinário de popularidade. Mas acabou se afastando da fama. Lançou apenas mais um jogo, Spore, em 2008, e desde então trabalha em Proxi, ainda sem data de lançamento, sobre um simulador de inteligência artificial.

Continua após a publicidade
/https://www.youtube.com/@GalaGames
CRIADOR - O desenvolvedor Will Wright: a ideia nasceu depois de um incêndio em Oakland (Reprodução/Youtube)

The Sims 2 saiu em 2004, já sem o envolvimento direto de Wright. O título mais recente da franquia, The Sims 4, brotou em 2014. Em 2022, passou a ser oferecido gratuitamente. Atingiu a marca de 85 milhões de usuários. Nenhuma das sequências, no entanto, tem o charme e a originalidade da primeirona versão. Revisitá-la agora só mostra força e longevidade. É a vida como ela era — ou é.

Publicado em VEJA de 21 de fevereiro de 2025, edição nº 2932

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de 9,90/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.