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ChatGPT tem potencial criativo maior que humanos, diz estudo

Velocidade da evolução dessa tecnologia é superior a qualquer momento anterior, segundo os autores

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 12h40 - Publicado em 4 mar 2024, 13h51
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  • A capacidade criativa normalmente é vista como um traço inerente da humanidade, o que nos torna especiais em relação às outras espécies. Essa, no entanto, é uma ideia que tem sido desafiada pelas novas tecnologias — de acordo com um artigo recente, o ChatGPT tem um potencial maior que o dos humanos nesse sentido.

    Os pesquisadores envolvidos no trabalho utilizaram três testes populares na psicologia para avaliar a capacidade criativa da ferramenta de inteligência artificial generativa e compararam os resultados com o de 151 voluntários. A avaliação mostrou que, no geral, a plataforma da OpenAi teve um resultado superior.

    Os testes são chamados cientificamente de “medição do pensamento divergente”. O primeiro pede que os participantes pensem em usos alternativos para objetos do dia a dia; o segundo exige respostas a perguntas sem respostas muito óbvias, como “e se nós não precisássemos mais trabalhar?”; o terceiro demanda a ordenação de palavras que sejam semanticamente distantes (por exemplo, a “árvore” é semanticamente mais próxima de “folha” do que de “hospital”).

    “A IA era mais original e elaborada”, conclui o artigo publicado no periódico científico Scientific Reports. “As presentes descobertas sugerem que o estado atual dos modelos de linguagem de IA demonstra maior potencial criativo do que os entrevistados humanos.”

    O que isso significa?

    A interpretação desses resultados exige cuidado. Embora a ferramenta tenha se saído melhor que humanos, potencial criativo é diferente de criatividade. Isso quer dizer que, de acordo com os experimentos avaliados, as máquinas de fato se saíram melhores, mas isso não significa que elas seriam mais eficientes na resolução de problemas da vida real.

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    “A IA, ao contrário dos humanos, não tem agência, então os potenciais criativos da IA dependem da assistência de um utilizador humano para obter respostas”, dizem os autores. “Ela pode gerar ideias criativas, mas não é possível presumir que esse potencial se traduziria em realizações.”

    Além disso, é preciso levar a motivação humana em consideração, afinal, um individuo pode não estar compelido o suficiente e resolver um problema experimental, mas em situações reais com consequências práticas, esse estímulo pode ser maior.

    Para os pesquisadores, a conclusão mais óbvia é em relação à rápida evolução das ferramentas. “Para ferramentas de busca de informações como o GPT-4, o potencial criativo mostrou uma clara progressão nas capacidades, embora ainda existam limitações”, afirmam. “As possibilidades futuras de a IA atuar como uma ferramenta de inspiração, como uma ajuda no processo criativo de uma pessoa são promissoras.”

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