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Entenda as diferenças entre as resoluções HD, Full HD e Ultra HD

Maioria dos televisores à venda no Brasil exibe imagens em Full HD; de olho na Copa do Mundo, fabricantes apostam em modelos de altíssima resolução

Por Claudia Tozetto
13 abr 2014, 08h34

A resolução da tela é uma das principais características que o consumidor deve levar em conta na hora de comprar uma TV – ou corre o risco de se frustrar ao assistir a filmes ou jogos de futebol. Ela indica a quantidade de linhas e colunas de pixels que compõem a imagem exibida na tela. Quanto maior o número de pontos por polegada de tela, melhor a qualidade da transmissão.

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Atualmente, três resoluções de tela diferentes estão presentes nos modelos de TV à venda nas lojas. De acordo com a consultoria GfK, quase 40% das TVs vendidas no Brasil ao longo de 2013 ofereciam resolução HD. As TVs Full HD, que apresentam maior qualidade de imagem, lideraram as vendas no período, com 58,9% do total. As TVs mais avançadas, com resolução Ultra HD ou 4K, ainda representam menos de 1% das vendas no Brasil.

A resolução HD permite que a TV exiba 1.280 colunas de pixels e 720 linhas, resultando em uma tela com quase 1 milhão de pontos para formar as imagens. No caso do Full HD, a imagem é formada por 1.920 colunas de pixels e 1.080 linhas, o que aumenta o número de pontos para pouco mais de 2 milhões. O Ultra HD apresenta 3.840 colunas de pixels por 2.160 linhas, o equivalente a quatro vezes a resolução Full HD. Confira abaixo a comparação entre as três resoluções de tela:

Entenda as diferenças entre as resoluções HD, Full HD e Ultra HD
Comparação resoluções HD, Full HD e Ultra HD (VEJA)
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Distância x tamanho – A diferença entre as resoluções é grande e perceptível aos espectadores, em especial no caso do HD e do Full HD. Durante os testes de TVs realizados pelo site de VEJA, os espaços entre os pixels da imagem ficaram visíveis em TVs muito grandes (60 e 70 polegadas) e resolução Full HD. O mesmo efeito foi notado em aparelhos menores (46 a 50 polegadas) com resolução HD. E quanto mais próximo o usuário está da tela, mais evidente é a limitação.

Para evitar problemas com resolução de tela, o consumidor pode calcular com antecedência o tamanho ideal de TV, levando em conta a resolução de tela e a distância do espectador.

Segundo André Romanon, gerente sênior de TVs da Philips, é preciso primeiro medir a distância entre o sofá e a tela. Se o consumidor pensa em comprar uma TV com resolução HD, a medida, em metros, deve ser multiplicada por dezoito. No caso das TVs Full HD, multiplica-se a distância por 21. O resultado indica o tamanho máximo da tela – acima disso, o espectador verá espaços entre os pixels.

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Dessa forma, se o consumidor tiver um espaço de 2,3 metros entre o sofá e a TV, terá duas opções: comprar uma TV de 40 polegadas com resolução HD ou uma TV Full HD de 48 polegadas.

Ultra HD – No caso da resolução Ultra HD, esqueça a matemática (e prepare o bolso): são tantos pixels na tela que é impossível notar qualquer imperfeição na imagem. Esses aparelhos chegaram ao mercado em 2012 em tamanhos grandes, como 84 polegadas. A partir do início de 2014, no entanto, fabricantes como LG e Samsung levaram a tecnologia para TVs com tamanho a partir de 42 polegadas.

“Alguns modelos com resolução Ultra HD em tamanhos menores estão chegando com preços um pouco mais acessíveis. A indústria e os consumidores já estão de olho nessa nova tecnologia”, diz Camila dos Santos, analista do mercado de TVs da GfK no Brasil. “Além da maior resolução, o 4K e o 8K podem apresentar mais cores do que as TVs atuais, mais até que as telas dos cinemas”, diz Yuzo Iano, professor de comunicação audiovisual da faculdade de engenharia elétrica e de computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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Entenda as diferenças entre as resoluções HD, Full HD e Ultra HD
VEJA (VEJA)

Conteúdo – Outro ponto a levar em conta na hora de definir a resolução da sua próxima TV é o tipo de conteúdo que será exibido. A resolução HD é suficiente para assistir à programação da TV digital aberta, canais a cabo ou via satélite e DVDs, que em geral oferecem conteúdo com resolução HD. Já no caso de discos de Blu-ray e alguns serviços sob demanda, como o Netflix e a iTunes Store, vale a pena considerar uma TV Full HD.

Quanto ao Ultra HD, a oferta de conteúdo é limitada – mas deve aumentar. Alguns estúdios já gravam novos filmes nesta resolução. A Sony e a Netflix, por exemplo, firmaram uma parceria no início deste ano para acelerar a oferta de conteúdo em Ultra HD por meio de streaming. “As principais fontes de sinal estão em HD ou Full HD. Para TVs com resolução Ultra HD, há uma tecnologia chamada upscaling, que aumenta artificialmente o número de pixels, mas a experiência não é a mesma”, diz Romanon, da Philips. Ou seja, embora o Ultra HD seja boa alternativa para quem vai comprar uma TV gigante neste ano, não vai ser dessa vez que os usuários vão aproveitar a resolução máxima do aparelho. Talvez na próxima Copa do Mundo.

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