Estudo: quão grande foi o erro do Facebook durante as eleições dos EUA?
Levantamento conta com análise de milhões de posts e grupos de desinformação impulsionados na plataforma
Uma pesquisa da ONG Avaaz publicada na terça-feira 23 investigou o efeito do Facebook sobre as eleições americanas de 2020. Diante da expectativa de que Zuckerberg irá enaltecer os esforços eleitorais feitos pela empresa durante audiência na Comissão de Energia e Comércio da Câmara Americana no próximo dia 25, o estudo revelou a extensão dos erros da rede social no ano passado.
O levantamento compilou evidências de páginas e grupos (muito deles ainda ativos) que espalharam conteúdo que facilitou a proliferação de violência ao longo das eleições. Juntos, eles somam 32 milhões de seguidores.
Além disso, o estudo revelou que páginas responsáveis por espalhar desinformação repetidamente, que acumulam 10 bilhões de visualizações estimadas, poderiam ter sido alvo de alguma política do Facebook para impedir esse processo. Além disso, foi constatado que as cem histórias falsas ou enganosas mais populares da rede social ligadas às eleições tiveram 162 milhões de views (mais do que em 2019, muito embora a plataforma tenha prometido proteger a integridade da eleição).
A pesquisa envolve ainda um plano de dez pontos sobre o que Joe Biden e o Congresso dos Estados Unidos podem fazer para desarmar o Facebook e impedir a negligência potencialmente nociva de outras empresas de tecnologia.