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Facebook perde confiança e se desculpa anunciando em jornais

Mark Zuckerberg, fundador da empresa, assina propaganda veiculada nos principais veículos do Reino Unido e dos Estados Unidos após escândalo

Por Reuters Atualizado em 10 abr 2018, 16h25 - Publicado em 25 mar 2018, 18h38
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  • Pesquisas de opinião publicadas no domingo (25) nos Estados Unidos e na Alemanha indicam que a maioria do público está perdendo a confiança no Facebook com relação à proteção da privacidade, e a empresa resolveu publicar anúncios em jornais britânicos e norte-americanos para pedir desculpas aos usuários.

    Menos da metade dos pesquisados nos Estados Unidos confia que o Facebook obedece às leis de privacidade do país, segundo levantamento da agência Reuters com o instituto Ipsos. Enquanto isso, uma pesquisa publicada pelo Bild am Sonntag, o jornal de maior circulação da Alemanha, mostrou que 60% dos alemães temem que o Facebook e outras redes sociais estejam causando um impacto negativo na democracia.

    Mark Zuckerberg, fundador e presidente-executivo do Facebook, pediu desculpas por “quebra de confiança” em propagandas publicadas em veículos como o Observer, na Grã-Bretanha, e The New York Times, Washington Post e Wall Street Journal, nos EUA.

    'Washington Post' veicula pedido de desculpas do Facebook
    ‘Washington Post’ veicula pedido de desculpas do Facebook (Twitter/Reprodução)

    “Temos a responsabilidade de proteger as suas informações. Se não conseguimos, não merecemos”, afirma o anúncio, com um texto simples em um fundo branco com um pequeno logotipo do Facebook. A maior rede de mídia social do mundo está sob crescentes críticas na Europa e nos Estados Unidos e tenta reparar sua reputação entre usuários, anunciantes, legisladores e investidores.

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    Isso se deve às alegações de que a consultoria britânica Cambridge Analytica obteve indevidamente acesso às informações dos usuários para construir perfis de eleitores norte-americanos que mais tarde foram usados ​​para ajudar a eleger o presidente dos EUA, Donald Trump, em 2016.

    O senador norte-americano Mark Warner, o principal democrata no Comitê de Inteligência do Senado, disse em uma entrevista no programa Meet the Press, da NBC, que “o Facebook não tinha sido totalmente aberto” sobre como a Cambridge Analytica usou dados dos usuários da rede social.

    Warner repetiu pedidos para que Zuckerberg testemunhe pessoalmente perante os legisladores dos EUA, dizendo que o Facebook e outras empresas de internet estavam relutantes em enfrentar “o lado sombrio das mídias sociais” e como elas podem ser manipuladas.

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    Zuckerberg reconheceu que um aplicativo construído por um universitário “vazou dados do Facebook de milhões de pessoas em 2014”. “Isso foi uma quebra de confiança, e eu sinto muito por não termos feito mais na época”, disse Zuckerberg, reiterando um pedido de desculpas feito pela primeira vez na semana passada em entrevistas na televisão norte- americana.

    As ações do Facebook caíram 14% na semana passada, enquanto a hashtag #DeleteFacebook ganhou força on-line.

    A pesquisa Reuters/Ipsos revelou que 41% dos norte-americanos acreditam que o Facebook obedece a leis que protegem as informações pessoais dos usuários, ante 66% que confiam na gigante Amazon e 62% que confiam no Google.

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    A pesquisa foi realizada de quarta a sexta-feira e teve 2.237 respostas. Na pesquisa alemã publicada pelo Bild, apenas 33% acham que a mídia social teve um efeito positivo sobre a democracia, contra 60% que acreditam no oposto.

    “É cedo para dizer se a desconfiança levará as pessoas a sair do Facebook”, disse a analista da eMarketer, Debra Williamson, em uma entrevista. “Clientes de bancos ou de empresas em outras indústrias não necessariamente desistem delas depois de perder a fé nelas”, disse ela. “É psicologicamente mais difícil abandonar uma plataforma como o Facebook que se tornou muito bem enraizada na vida das pessoas.”

    Dados fornecidos à Reuters pela empresa israelense SimilarWeb, que mede audiência on-line, indicaram que o uso do Facebook nos principais mercados e no mundo permaneceu estável durante a semana passada.

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