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Facebook permitirá que usuários apaguem parcialmente seu histórico

Decisão pode ter consequências negativas, já que o negócio da empresa consiste na venda de espaços publicitários ajustados às preferências de cada pessoa

Por EFE
26 fev 2019, 23h40

O diretor financeiro do Facebook, David Wehner, anunciou nesta terça-feira, 26, que a rede social lançará este ano uma ferramenta que permitirá aos usuários apagar parcialmente seu histórico de navegação, apesar dessa prática representar uma ameaça potencial para seu modelo de negócio.

A companhia dirigida por Mark Zuckerberg tentará assim dar resposta às críticas que está recebendo por sua gestão dos dados pessoais e pela falta de privacidade na plataforma, especialmente após o caso da empresa de consultoria Cambridge Analytica do ano passado.

Logo depois do escândalo gerado quando foi revelado que essa empresa utilizou um aplicativo para compilar milhões de dados de internautas da plataforma sem o seu consentimento com fins políticos, foi o próprio Zuckerberg quem prometeu uma ferramenta para dar mais controle aos usuários.

A decisão pode ter consequências negativas para o Facebook, já que seu negócio consiste precisamente na venda de espaços publicitários ajustados às preferências de cada pessoa, com base no histórico de navegação e atividades de cada usuário.

“Em linhas gerais, isto vai nos dificultar a tarefa de dirigir-nos a cada pessoa de uma maneira tão efetiva como anteriormente”, admitiu o principal responsável das finanças do Facebook.

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A futura ferramenta não permitirá eliminar totalmente os históricos, mas dará acesso ao usuário a visualizações dos dados sobre sua pessoa compilados pelo Facebook por meio de outros aplicativos e outros sites, e serão estes os que poderá eliminar se assim desejar.

A rede social consegue informação detalhada sobre cada pessoa por meio de ferramentas de análise e de “rastreamento”, o que lhe permite elaborar perfis detalhados sobre as atividades online de cada indivíduo tanto dentro como fora do Facebook.

São os dados que mostram, por exemplo, se o usuário acessou ou não um link através do Facebook, que páginas visitou dentro desse link e quanto tempo passou nelas, entre outras informações.

Apesar de continuar crescendo no mundo todo (especialmente nos países em vias de desenvolvimento) e estar alcançando lucros multimilionários, o Facebook atravessa uma profunda crise de imagem relativa à sua gestão da privacidade e da segurança dos dados.

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